domingo, 26 de julho de 2009

Secretário Geral da OAB de Pernambuco, Leonardo Accioly, conceitua revista Veja





Sentinela – Antonio Nelson


Em resposta a reportagem de capa: A TENEBROSA MÁQUINA DE ESPIONAGEM DO DR. PROTÓGENES – Edição 2103 – 11/03/2009 (http://acervoveja.digitalpages.com.br), o Dr. Leonardo Accioly, sec. geral da OAB-PE, um dos principais convidados na palestra: Corrupção e Ética nos Negócios com o delegado Protógenes Queiroz, afirmou que a revista Veja é imprensa marrom. O debate foi realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Província do Recife.

Os Sentinelas da Liberdade,
, à convite do site: www.acertodecontas.com.br ,
foi o único meio de comunicação de massa, áudio-visual, que publicou este evento. Em breve, assista na íntegra tudo sobre a Operação Satiagraha na Faculdade de Direito da UFPE.

*Leonardo Accioly é bacharel pela Faculdade de Direito do Recife da UFPE. Fez o curso de Pós-graduação em Direito Processual Civil – Universidade Federal de Pernambuco. É membro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Pernambuco desde 2007 como conselheiro eleito para o triênio 2007/2009. Exerceu as presidências da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas e da Promotoria de Defesa das Prerrogativas da OAB-PE no ano de 2007. Posteriormente foi escolhido pelo Conselho Seccional para ocupar o cargo de secretário-geral da OAB-PE.

Acesse o twitter do sec. geral da OAB/PE, Leonardo Accioly: www.twitter.com/laccioly
*Fonte:
www.oabpe.org.br



quinta-feira, 23 de julho de 2009

OS SEM-TETO E A CONCIÊNCIA POLÍTICA (PARTE III)

Os repórteres Ane Clara, 21 anos, Antonio Nelson, 30, Gustavo Luz, 27 e Ricardo Alves, 22, documentaram no último semestre de 2008, entrevista com o MSTS (Movimento dos Sem-Teto de Salvador). Com a produção de Henrique Casais - IDÉIAS PRODUÇÕES, a trajetória dos sem-teto de Salvador "ganhou" seu registro, aqui no blog. Assista a I & II parte nas publicações anteriores.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

DOSSIÊ PROJETO AZEREDO

Acesse agora: www.trezentos.blog.br

10 ANOS SEM RENATO BERBERT DE CASTRO


Sentinela - Luis Guilherme Pontes Tavares*
lulapt@svn.com.br


Em junho passado, completaram-se 10 anos da morte do bibliófilo Renato Berbert de Castro (1924-1999). À medida que se aproxima o 14 de maio de 2011, cresce a ausência de Berbert de Castro porque ele seria o parceiro mais animado para a organização dos festejos do bicentenário da instalação da imprensa na Bahia. São dele, os estudos fundamentais sobre a Tipografia de Manuel Antonio da Silva Serva, criada em Salvador em 1811, e da Tipografia Imperial e Nacional da Bahia, criada em 1823 em Cachoeira e depois transferida para Salvador. Ele deixou inédito, dentre outros, o livro sobre a Tipografia de Camillo de Lellis Masson.

O corrente ano não é apenas o décimo desde o falecimento do bibliófilo Renato Berbert de Castro. É também o 40º da primeira edição do seu A primeira imprensa da Bahia e suas publicações. Tipografia de Manuel Antônio da Silva Serva, 1811-1819, obra patrocinada pelo Departamento de Ensino Superior e da Cultura – Desc – da Secretaria de Educação e Cultura da Bahia – SEC –. Ele não apreciava a edição que a então Imprensa Oficial da Bahia fez, de modo que manteve inédita a segunda parte da pesquisa sobre a tipografia de Silva Serva, referente ao período que, após a morte do tipógrafo, em 1819, a oficina prosseguiu atuando sob o comando da viúva e dos dois filhos.

Desde a morte de Renato Berbert de Castro que herdei, por manifesta decisão dele, a incumbência de editar seu livro completo sobre a Tipografia de Manuel Antonio da Silva Serva, que resultará da reunião do que fora publicado em 1969 pela SEC com a segunda parte da pesquisa que ele não publicara. A Academia de Letras da Bahia, da qual Berbert de Castro foi membro atuante, solicitou, em 2001, à Assembléia Legislativa do Estado da Bahia a inclusão da obra no rol daquelas que desde 1998 as duas instituições vêm publicando todos os anos. Porém, outros projetos predominaram sobre o prosseguimento da produção do livro de Berbert de Castro até a etapa de impressão.

A preciosa pesquisa de dele sobre a Tipografia de Silva Serva e sobre os impressos ali produzidos desde 1811 até o meado da década de 1840 será, certamente, publicada. Ganhará o título de As Servinas, inspirado no neologismo criado por Berbert de Castro para agrupar as obras de Silva Serva e familiares. Já está toda digitada, foi submetida a uma primeira revisão e possui capa concebida pelo artista plástico Jamison Pedra, providências que contaram com o patrocínio da Assembleia Legislativa. Faltam outras ações complementares que enriquecerão ainda mais o livro de Berbert de Castro. Nesse sentido, abriu-se o diálogo com a Fundação Biblioteca Nacional, com a Fundação Clemente Mariani, com a qual ele negociou a sua biblioteca de obras raras, com a Odebrecht e, por último, com a Edusp – Editora da Universidade de São Paulo –. Todavia, por enquanto, não se chegou a nenhuma decisão.

Paralelo aos cuidados que passei a ter com a obra desejada por Renato Berbert de Castro, acentuaram-se as ações com o propósito de organizar as comemorações do bicentenário da instalação da imprensa na Bahia, festa que será incompleta se até lá não se publicar As Servinas, do bibliófilo Renato Berbert de Castro. Uma das primeiras ações, ainda em 2000, foi a criação do Núcleo de Estudos dos Impressos da Bahia – Nehib –, que, no ano seguinte, foi instalado em 14 de maio, na Associação Bahiana de Imprensa – ABI – como um marco dos 190 anos da imprensa baiana. Na ocasião, os pesquisadores Kátia de Carvalho, Nerlson Varón Cadena e eu entregamos ao vice-presidente da entidade, jornalista e publicitário José Jorge Randam, o documento que lista e explica os projetos do Nehib.

A partir de 2001, o Nehib tem atuado, através dos membros fundadores, em várias frentes. Se Kátia Carvalho anima os seus orientandos do Instituto de Ciência da Informação – ICI – a pesquisar a história dos impressos da Bahia, Nelson Cadena publica, desde 2003, o periódico Almanaque da Comunicação da Bahia, preparou no ano passado o suplemento da revista Imprensa sobre os 200 anos da imprensa brasileira e mantém site temático que previlegia os temas relativos à história da mídia brasileira. Quando a mim, considero que a distinção de ter conduzido o GT de História da Mídia Impressa desde 2003 até 2008 foi um gesto de confiança do professor doutor José Marques de Melo, então presidente da Rede Alfredo de Carvalho, para com o Nehib. Durante esse exercício, tivemos a oportunidade de publicar quatro livretos Rumo ao bicentenário da imprensa brasileira; Marco zero da Rede Alfredo de Carvalho; Zilah Moreira, a repórter do Estadão na Bahia, no tempo da ditadura militar e O Correio do Sertão e o fim do coronelismo em Morro do Chapéu, a maioria deles disponível no site da Associação Brasileira de Pesquisadores em História da Mídia – Alcar –
http://comunicacaofeevale.br/redealcar/.

Das ações do Nehib até 2009, a que teve mais repercussão foi a Coleção Cipriano Barata, de caráter interinstitucional, inaugurada em 2005 com a primeira edição de Apontamentos para a história da imprensa na Bahia. No mesmo ano foram publicadas a segunda edição de A primeira gazeta da Bahia: Idade d'Ouro do Brazil, de Maria Beatriz Nizza da Silva, e Nome para compor em caixa de alta: Arthur Arezio da Fonseca, de Luis Guilherme Pontes Tavares. Em 2006, foi publicada a segunda edição dos Anais da imprensa da Bahia, de João Nepomuceno Torres e Alfredo de Carvalho. Em 2007, saiu a segunda edição ampliada de Apontamentos para a história da imprensa da Bahia e, em 2008, a coleção estampou seu selo no livro Memória da imprensa contemporânea da Bahia, organizado por Sérgio Mattos.

* Jornalista, produtor editorial e professor universitário.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

REVISTA VEJA TENTA DESTRUIR PAULO FREIRE


Sentinela - Antonio Nelson


Em breve, entrevista exclusiva com o Centro Paulo Freire, na Uinversidade Federal de Pernambuco (UFPE), sobre a reportagem de capa : “O insino no Brasil è otimo”, em 20 de agosto de 2008 – edição: 2074 ou
http://www.veja.abril.com.br/acervodigital/

ACERTO DE CONTAS


Sentinela - Antonio Nelson


Agradeço o convite do professor Pierre Lucena e do jornalista Marco Bahé:
http://www.acertodecontas.com.br/ , que me presentiaram, em 09 de março deste ano, na Província do Recife-PE, com o debate: Corrupção e Ética nos Negócios – Paulo Henrique Amorim e delegado Protógenes Queiroz.

Também destaco o desapego e indispensável contribuição do Amigo e funcionário público Pedro Bakker, em ceder sua câmera digital.

terça-feira, 14 de julho de 2009

PEDRO SIMON PEDE RENÚNCIA DE SARNEY


Nota
Sentinela - Antonio Nelson
Brasília:


"Presidente Sarney: renuncie, renuncie". Na tarde de hoje, em Sessão Plenária, o senador Pedro Simon (PMDB/RS) foi enfático em perdir a saída do Presidente do Senado, (general José Sarney - adjetivo pronunciado pelo sen. Arthur Virgílio (PSDB-AM), em seu pronunciamento). No a parte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que chegará o momento não mais da renuncia, e sim de cassação. Assista as Sessões Plenárias Ao Vivo: www.senado.gov.br/tv . Vote sobre o destino de Sarney, em nossa enquete.

ELEIÇÕES 2010 E O SENTIMENTO DO ELEITOR


domingo, 12 de julho de 2009

CÂNTICO NEGRO (JOSÉ RÉGIO)



“Vem por aqui”, dizem-me alguns com olhos doces
Estendendo-me os braços e seguros
De que seria bom que os ouvisse,
Quando me dizem “Vem por aqui”

Eu olho-os com os olhos lassos
(Há nos meus olhos ironias e cansaços)
E cruzo os braços: nunca vou por ali.

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém
Que eu vivo com o mesmo sem vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí.
Só vou por onde me levam
Os meus próprios passos.
Se ao que busco saber, nenhum de vós responde,
Por que então me repetis: “Vem por aqui”?

Prefiro escorregar em becos lamacentos
Redemoinhar aos ventos
Como farrapos arrastar os pés sangrentos
A ir por aí.

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada.
O mais que faço não vale nada

Como pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?

Corre nas vossas veias o sangue velho dos avós
E vós amais o que é fácil
E eu amo o longe e a miragem
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tende estradas
Tendes jardins, tende canteiros
Tendes pátria e tendes teto
E tendes regras e tratados e filósofos e sábios
Eu tenho a minha loucura!
Levanto-a como um facho a arder na noite escura
E sinto espuma, e sangue, e cântico nos lábios



Deus e o diabo é quem me guiam, mais ninguém
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe,
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições,
Ninguém me diga “Vem por aqui”

A minha vida é um vendaval que se soltou
É uma onda que se alevantou
É um átomo a mais que se animou.

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí!

sábado, 11 de julho de 2009

POR ALGUNS TROCADOS


O olhar inquieto e sensível do Sentinela - Sídio Júnior em Cachoeira de Itanhy-BA. Acesse: www.flickr.com/photos/sidiojunior










DUAS FORMAS DE OLHAR A VIDA


Sentinela - Luiz Humbert* (Lalado)



Vale à pena acreditar na existência de Cristo e na existência de Buda. No mínimo, tudo que se disse a respeito da personalidade deles e da vida que levaram nos serve de exemplo e de parâmetro, quando nossas ações são para mudar a sociedade insustentável e evitar que o mundo continue caminhando para um triste fim.

Cristo e Buda são dois modos distintos de encarar a realidade.

Cristo não tinha planos para esta vida. Sabendo que toda a autoridade é prejudicial à vida, Cristo buscou a libertação na dor, acolhendo-a com alegria e resignação, acreditando que a personalidade humana se eleva na dor. Portanto, Cristo não se insurgiu contra a autoridade. Sujeitou-se à autoridade imperial de Roma e à autoridade eclesiástica da igreja judaica, sem usar os seus divinos poderes e força para se defender da violência imperial e religiosa. Cristo não tinha planos de reformar ou de reconstruir a sociedade.

Cristo pregava contra a ambição insana dos poderosos com uma atitude serena, a mesma atitude de Gandhi contra a violência do império britânico, atitude estóica que veio a se chamar de resistência pacífica. Atitude positiva, que é muito diferente da permissividade atual de todos os omissos, passivos e indiferentes à realidade social, que, por ambição ou covardia, se tornam cúmplices da violência das classes dominantes, que gera todas as demais formas de violência social e ambiental.

Ao contrário de Cristo, Buda só tinha planos para esta vida. Planos de substituir a sociedade plutocrática segregacionista por uma nova sociedade instituída em bases igualitárias, uma sociedade comunitária, livre da fome, da pobreza material, da pobreza espiritual e do sofrimento. Portanto, Buda desenhou e fortaleceu o caminho para uma nova sociedade livre de hierarquia e de competição; uma nova sociedade baseada na solidariedade natural entre irmãos.

Seiscentos anos antes de Cristo, Buda intui que a suposta divindade criadora de todo universo é apenas energia imaterial, sem conteúdo e sem forma, de onde tudo que é material vem e para onde tudo que é material vai. E que essa “divindade suprema”, a energia imaterial, está em cada corpo do universo, em todos os corpos minerais, vegetais, animais, humanos e culturais. Portanto, a lei suprema é amar a si próprio sobre todas as coisas e ao próximo, todos os próximos, de todos os reinos da natureza, como a si mesmo.

Seiscentos anos depois de Buda, Cristo, filho de Deus, ensinou que Deus está no paraíso, bem distante de nós e dessa vida, e que a lei de Deus se resume a um só mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

E nós, praticantes budistas da Casa da Aranha, nos propomos realizar pacificamente a revolução de trazer Deus de volta ao homem e à natureza.. Propomo-nos a seguir esse caminho revolucionário. Nós acreditamos no projeto budista de reconstrução da sociedade. Nós queremos agir pacificamente para acabar com a pobreza e com toda a dor e sofrimento que ela acarreta. Nós acreditamos no socialismo de Antonio Conselheiro, de Simon Bolívar, de Gaspar Francia e na Ciência Holística como métodos revolucionários.Em vez do individualismo competitivo, vivemos o individualismo solidário, cuja expressão é a alegria.

Como disse o poeta inglês, “a dor não é a forma suprema de perfeição. Meramente provisória, a dor é um protesto. A dor está presa aos meios iníquos, doentios e injustos. Quando a iniqüidade, a doença e a injustiça forem erradicadas, não haverá mais lugar para a dor. Porque o que todos nós buscamos não é o sofrimento, mas o prazer. O supremo prazer de viver intensamente, sem oprimir o nosso semelhante, nem por ele ser oprimido. Queremos que todas as nossas atividades sejam agradáveis e em benefício de todos. Os gregos tentaram o bem comum, mas não o alcançaram, a não ser no mundo das idéias, porque eles tinham escravos e os alimentavam. A Renascença também tentou, mas também não alcançou, porque eles tinham escravos e os deixava morrer de fome”.

Cristo nasceu pobre e viveu entre os humildes. Buda nasceu rico, abandonou os seus palácios e passou a viver na simplicidade de uma vida comunitária, plena de alegria, felicidade e realizações. Exemplo e modelo para todos nós, inconformados com a violência da desigualdade social, insatisfeitos com a miséria e a insegurança de nossa sociedade atual.

O que Cristo e Buda tinham em comum é ter se despojado de tudo que possuíam ou de tudo que poderiam vir a possuir, para que nada faltasse ao seu irmão. É precisamente esse o nosso melhor compromisso, o nosso grande desafio.

Cap. 9 - pág. 36-37 do Livro Eletrônico: O Caminho da Casa da Aranha
*Luiz Humbert (Lalado) é praticante budista e letrista do GRAMPO: http://www.gramporock.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

HOMENAGEM AO DEP. DO CASTELO

NA MANSÃO DOS RATOS: www.gramporock.blogspot.com

Marketing x Crise

Quem pode mais


Sentinela - Antonio Freire*

A crise que assola o mundo desde o final de 2008 é um reflexo da falta de respeito das organizações com o consumidor e das suas limitações financeiras. Os conceitos de marketing, falados e estudados pelos quatros cantos do mundo estão sendo desprezados por um conceito novo: O comprometimento financeiro para a motivação ao consumo.

Isso é ruim ou apenas um argumento da vaidade dos conceitos do marketing, que tem o seu espaço invadido pela visão financeira, ou pela visão “financiadora” dos hábitos de consumo que comprometem a saúde financeira dos consumidores?

Explorar ou tentar mudar os hábitos de consumo, mostrando ao cliente que ele poderia comprar, pagando módicos “reais” mensalmente, é literalmente trocam um espaço no holerite (contra-cheque) do trabalhador, ou na pensão do aposentado, por bens de consumo de qualquer natureza, e isso gera uma grande preocupação para os profissionais de marketing e para as empresas que buscam fidelizar as suas relações de consumo, pois estes espaços tendem a acabar, e daí para frente, como fica o consumo? Para? Isso mesmo, para.

Se existe crise, por que existem filas nas concessionárias de automóveis? Os carros vendidos estão circulando ou estão em casa parados porque a crise impede à todos de abastecer? Alguém já ouviu falar na redução dos congestionamentos?. Para circular tem que abastecer, e para abastecer tem produzir combustível que vem das fábricas, que geram empregos, e os empregados consomem, e os desempregados também; O governo com o programa “bolsa família” alimenta só no nordeste brasileiro mais de 20 milhões de pessoas, e estas utilizam o dinheiro deste auxílio principalmente para comer, e se temos mais pessoas comendo, estão comprando, e com isso movimentam a economia, se tem mais gente comprando, onde está a crise? Chamamos a atenção de um posicionamento empresarial equivocado, o de vender sem saber se o cliente pode pagar, sem necessariamente comprometer os seus ganhos e sem saturar.

O marketing pretende é mostrar que o momento político é quem está afetando os postos de emprego e que as indústrias e empresas que estão quebrando e as que quebraram ou fecharam antes de quebrar, estão ou estiveram com problemas sérios de gestão, deixando que a doença da miopia empresarial tomasse conta dos negócios.

O que o marketing quer é poder planejar o futuro das empresas e garantir um nível de consumo constante e duradouro. Lembrem que há 15 anos atrás, quando o marketing e seus conceitos acadêmicos, devidamente ajustados a cada realidade empresarial, era ouvido de maneira importante, e que em todos estes anos, o que mais ficou evidenciado foram empresas em pleno crescimento, mercados sendo abertos, novos modos de consumo sendo criados, nova cultura empresarial, voltada para entender qual a real necessidade de consumo dos seus mercados, podemos constatar que empresas sólidas e com políticas comerciais voltadas à fidelização, estavam sempre em crescente nos seus mercados e sendo benchmarking para concorrentes.

Como disse um navegador solitário, “ventos calmos não fazem bons marinheiros”, e o mercado baiano, em particular, nos mostra que há 15 anos o empresariado vem se “desprofissionalizando”; Ao invés de se profissionalizarem e aprenderem, não, deitaram em uma zona de conforto e se esqueceram que a economia vive de ciclos, e o ciclo da parada no crescimento chegou, e para quem não está preparado, este momento vira crise. Acreditar que só é bom o mercado do dólar, e esquecer que queremos consumir produtos de qualidade, é sub-estimar a nossa inteligência, então, que sejam queimados containeres de uva do Vale do São Francisco, e que mais frigoríficos quebrem e que mais empresas sem gestão de mercado fechem as portas.

Crise é uma redução dos níveis de vendas abaixo do ponto de equilíbrio empresarial, e não estamos vendo isso, apenas uma redução das vendas em relação aos anos de crescimento desenfreado.

O que o marketing quer mostrar é que Lula não está errado quando diz que a “marolinha da crise” não incomoda o Brasil, é porque ele acredita que o empresariado aprendeu e economizou no momento das grandes vendas, e que não seriam necessários tantos desempregos para mostrar que quem manda no Brasil é a indústria, quem manda na economia são os especuladores, mas quem manda no consumo, é o consumidor, e este… este ainda não parou de consumir, isso porque o seu nível de comprometimento de renda ainda não chegou no limite crítico, ainda existem lotes em seus holerites à serem ocupados, mas se as campanhas ainda estiverem sendo feitas com foco no financeiro ao invés da fidelização, este limite vai chegar, e aí, não podemos garantir quanto tempo vai durar a crise.

*Antonio Freire da Silva Neto – Bacharel em Marketing, Especialista em gestão empresarial, em educação superior e Consultor de marketing. professorfreire@academiadavenda.com

O almanaque de Nelson Cadena



Sentinela - Luis Guilherme*


Já está circulando o Almanaque de Comunicação – Bahia 2009, anuário que o publicitário e jornalista Nelson Varón Cadena edita desde 2003. A publicação, além de divulgar a relação, por categoria, das empresas de comunicação da Bahia, inventaria os fatos afins com o setor ocorridos no ano anterior e enfatiza aqueles previstos para o ano corrente. Em 2009, Cadena destacou no seu Almanaque os 30 anos da Correio da Bahia e os 40 anos da Tribuna da Bahia e da TV Aratu. Daí o Almanaque possuir a simultânea função de ser referência e ser memória.

A versão de 2009 do Almanaque de Comunicação é a sétima que Nelson Cadena oferece “aos departamentos de comunicação de 18 segmentos econômicos”, conforme o editor esclarece no expediente da publicação. O conjunto dos sete volumes deve permitir, na atualidade, estudos comparativos da evolução (ou da involução) da mídia baiana desde 2003. Agregue-se, ademais, o valor concreto da publicação quanto ao projeto gráfico – desde 2005, assinado pelo designer Sergio Tavares – e aos matérias empregados – papel cochê e exuberante policromia.

O Almanaque é mais um produto da inteligência, da audácia e da persistência de Nelson Cadena. Nascido na Colômbia, ele vive em Salvador desde 1973. Seus filhos são baianos. É, atualmente, vice-presidente da Associação Brasileira de Colunistas de Marketing e Propaganda – Abracomp – e diretor da Associação Baiana do Mercado Publicitário – ABMP. Colabora com veículos baianos e nacionais a exemplo do Correio da Bahia, Jornal da Metrópole, Portal Imprensa (www.portalimprensa.uol.br), Meprópole FM (é um dos apresentadores do programa “Tabuleiro”)e mantém no ar o site :
http://www.almanaquedacomunicacao.com.br/ e o blog correspondente.

A lembrança mais remota que guardo de Nelson Cadena é do período em que ele foi hippie. O vi na porta do Icba, no Corredor da Vitória, vendendo artesanato. Em lugar de sapatos, os pés estavam protegidos com ataduras. Sobre esse período, Cadena lançou, em 2004, o livro A Viagem. Uma crônica hippie dos anos 70, que é um retrato sem retoque da nossa geração e do seu trânsito pela Ilha de Itaparica. Passei a ter mais convívio com ele, ainda na década de 1970, quando o reencontrei na condição de funcionário de A Tarde, porta pela qual ingressou, suponho que estimulado pelo então diretor redator-chefe Jorge Calmon, no vasto mundo da história da mídia baiana. É dele, por exemplo, o livro 50 anos da Associação Baiana de Imprensa, publicado em 1980.

Cadena é, há algum tempo, uma referência nacional no estudo da história da propaganda brasileira. Publicou, em 1992, o seu primeiro olhar sobre o tema: 25 Anos da Melhor Propaganda Brasileira, obra levada ao público pela Editora Referência, de São Paulo. Ampliou esse olhar em 2000 quando publicou pela mesma editora paulista o capa dura Brasil. 100 Anos de Propaganda. Em 1999, ele publicou, numa homenagem ao aniversário da Cidade do Salvador, o seu 450 Anos de propaganda na Bahia, obra, como as demais, farta e cuidadosamente ilustrada.

O colombiano Nelson Varón Cadena, que é baiano há quase 40 anos, não pedirá a ninguém o Título de Cidadão Baiano. Todavia, face à relevante obra desse sul-americano, eu peço o título para ele, porque já é bom tê-lo como baiano de fato, mas melhor será tê-lo como baiano legal.

* Jornalista, produtor editorial e professor universitário. lulapt@svn.com.br

Medicina sem diploma

A decalração de um professor


Sentinela – Antonio Freire*

A partir de hoje, estarei procurando uma sala para alugar, a qual será transformada em um consultório médico. Trabalhei na indústria farmacêutica por 12 anos, sempre em multinacionais que tem como característica principal a seriedade ética e o preparo profissional, ou seja, seus representantes são muito qualificados e preparados para manterem uma linha de diálogo com qualquer médico, dentro do painel que o profissional visita fazendo a propaganda dos seus produtos.

O que quero dizer com este preâmbulo: é que eu como representante de medicamento, devidamente qualificado e treinado, me sinto tão bem preparado quanto qualquer médico para prestar atendimento aos pacientes que me procurarem. Isso porque estarei me antecipando aos decretos do Congresso, quando eles disserem que não será mais necessário o diploma de nível superior para ser médico, eu já estou no meio do caminho.

Posso prescrever medicamentos para as patologias das seguintes especialidades: reumatologia, alergia, antibioticoterapia, hipetensão arterial, asma e outras patologias do trato respiratório alto e baixo, e prescrição de anti-ulceroso. Depois deste decreto, de que para ser jornalista não é necessário ter cursado nenhuma faculdade de comunicação e jornalismo, me sinto impelido e motivado a assumir minha cadeira de médico.

Ora amigos, vamos pensar pela ótica funcional, se um médico sem a devida qualificação pode matar uma pessoa, cessando a sua vida com imprudência e imperícia, o mesmo ocorre com um jornalista, que sem a devida qualificação e conhecimento ético, pode "acabar" com a vida de uma pessoa, de um profissional ou de uma empresa. Qual a diferença? Um cessa a vida, retirando o espírito do corpo - o médico. O jornalista vai tirar da sociedade, de maneira grotesca, um profissional ou uma empresa, caso o seu conhecimento seja menor que o esperado para a realização do seu trabalho.

Erro de jornalista acontece igual ao erro médico, todos podem errar. Uma falha na divulgação de uma situação, por parte da imprensa, de um jornalista, acabou com a família e com a empresa, uma empresa sólida (escola Base, em São Paulo, lembra do caso da criança que afirmava estar sendo molestada...?). Um médico, imperito, acabou com a vida de quantas mulheres, de quantas famílias, ao realizar cirurgia plástica sem a devida formação.

Façam-me uma garapa. É difícil conviver com a incerteza que estes políticos e estes sindicatos pelegos, que após uma semana do fim da profissão de jornalista, com a devida formação superior nos impõe, é difícil querer ser um profissional e estar se qualificando para isso e ver a qualificação ser desprezada, é difícil querer crescer em conhecimento neste País de pelegos, de políticos corruptos e cegos.

É classe de gente ruim, medíocre, sem escrúpulos e sem ética, esta desses políticos, também, para se candidatar a qualquer cargo político eletivo, basta não ser analfabeto (tem cego que tira carteira de motorista... quanto mais diploma de ensino fundamental...), e aí, para que servem as Universidades e Faculdades, vamos acabar com elas, antes que elas acabem com os políticos, vamos acabar com os jornalistas, antes que eles revelem a lama que escorre pelos ralos, bolsos e contas bancárias destes canalhas, vamos acabar com os jornalistas, antes que o sindicato da categoria tenha que fazer outra eleição e mais uma vez esta diretoria aceite passivamente estes desmandos, sem nada fazer, pelo menos até aqui.

Desculpem senhores sindicalistas, mas a decepção é grande. Não sou jornalista, sou mercadólogo (aquele que vocês insistem em chamar de marketero), sou um profissional qualificado, com experiência de trabalho e qualificado por formação superior, se eu não for habilidoso, posso afundar uma empresa e acabar com a sua reputação.


*Antonio Freire da Silva Neto - Bacharel em Marketing e professor da Faculdade Social.
CRA-BA 8972.

terça-feira, 7 de julho de 2009

CQC e os jagunços de Sarney



Sentinela - Luiz Humbert (Lalado)*


Em toda mídia brasileira, CQC (Custe o que Custar - Band) é a única revista semanal de notícias e reportagens que nós acompanhamos com habitualidade. E o fazemos com prazer e alegria. E por uma razão muito simples e direta: em todos os meios de comunicação de massa do país, o povo é mero espectador, abúlico e passivo, da relação, muito distante de nós, entre o pensamento do editor chefe, que está a serviço de seu patrão, que representa unicamente a opinião e os interesses da classe dominante, e aquilo que eles entendem como notícia de interesse público.

Então, quando um repórter da mídia patronal faz uma pergunta a alguém, trata-se apenas da pergunta de um repórter a esse alguém. Se esse alguém revida a pergunta com socos e pontapés, para nós, trata-se apenas de um repórter que apanhou de um transeunte qualquer. Ou vice versa. É um problema deles, de Roberto Carlos e das baleias do Greenpeace.

Mas, com o CQC tudo é bem diferente. Seus repórteres tratam a matéria do jeito como nós trataríamos, ou como queremos que o assunto seja tratado. O editor chefe do CQC é qualquer um de nós, ou todos nós, quando estamos livres de qualquer patrão, ou de qualquer outro mentor de nossas idéias. O editor chefe do CQC é qualquer um de nós, e todos nós ao mesmo tempo, com independência e coragem, porque ele não recebe o “seu” de um patrãozinho qualquer, que pode demitir sem justa causa, mas de uma infinidade de anunciantes, que brigam por um espaço dentro e à margem do programa.

Nós, o povo humilhado e explorado pelo sistema injusto e perverso em que vivemos, nos sentimos de alma lavada com a maneira como o CQC trata as celebridades e os políticos e empresários banais, que são reverenciados como semideuses pelo resto da imprensa brasileira.

Portanto, quando um repórter do CQC faz uma pergunta, é o povo, somos nós todos que perguntamos. E quando esse repórter é agredido por um desses transeuntes inconformados com a sua insignificância, é o povo, somos nós que somos agredidos. E se realmente é verdade que aqui no Brasil todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, esse incidente da pequena gestapo do rato Sarney com o nosso querido Danilo Gentile não vai ficar por isso mesmo.

Pelo menos nós, de nossa parte constitucional, já temos pronta uma musiqueta sobre essas coisinhas típicas do Brasil, que brevemente aqui será postada. O nome da musiqueta é “Plutocracia”.

Luiz Humbert (Lalado) é letrista do GRAMPO (www.gramporock.blogspot.com)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vamos grampear o Planato


Sentinelas - Antonio Nelson e Lalado
A Comunidade Musical GRAMPO (Grupo Musical de Apoio à Mobilização Popular) realizou no dia 01 de julho, quarta-feira, a gravação de três músicas autorais, sendo duas inéditas: A Estrada e Mansão dos Ratos. E Rock Zen, cuja antiga versão Pop Zen (Alexandre Leão, Manuca e Lalado) já foi gravada por Lampirônicos, Ivete Sangalo, Família Caymmi e muitos importantes músicos brasileiros.
A nova música Rock Zen (GRAMPO) foi composta por Flávio Albray (guitarra), Petronius Bandeira (baixo), Beto Becerra (baterria), Luc de Ouro (vocal), com letra original de Lalado, todos membros fundadores da comunidade musical. Em breve, neste blog, a íntegra da gravação (áudio & vídeo) das três músicas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Imprensa alternativa com grife


Sentinela - Luis Guilherme Pontes Tavares*


Pode surpreender que a revista Poder, de Joyce Pascowitch, possa ser, na atualidade, classificada como um produto da imprensa alternativa. Atesta isso um ensaio que a dona da Glamurana Editora publicou sobre o político Luiz Ignácio Lula das Silva na edição de maio. A grande imprensa brasileira jamais publicou nada igual. Afora a Fórum, a Piauí, a Brasileiros e a Caros Amigos, de identidades mais evidente, surpreende também classificar a Rolling Stone, da Editora Abril, como veículo de jornalismo alternativo. É só ler e constatar.

O conceito “imprensa alternativa” identifica, sobretudo, os veículos que se opuseram ao regime militar brasileiro que regeu os destinos do país entre 1964 e 1985. O conceito, no entanto, pode ser aplicado aos produtos jornalísticos de qualquer tempo, antes e depois da ditadura militar. A imprensa alternativa dos dias atuais distingue-se daquela outra porque não está sob censura e não é patrocinada por grupos políticos e oponentes explícitos ao governo atual. Simplesmente ela é assim classificada porque utiliza abordagens distintas das que predominam na grande imprensa, oferecendo assim um ponto de vista alternativo ao coro geral.

O ressurgimento da imprensa alternativa no Brasil tem sua explicação e resulta da ampliação da sombra do Estado sobre os grandes veículos. A análise desse problema não é o objetivo deste breve comentário, mas não se deve desconhecer dois recentes episódios tomados como remoção de lixo discricionário: a revogação da Lei de Imprensa e o fim da reserva de mercado para o jornalista diplomado. São, também, circunstâncias que explicam a volta e a expansão de veículos de informação que podem ser classificados de imprensa alternativa.

É provável que o professor Bernardo Kuncinski esteja atento a tudo isto, ele que é autor do livro fundamental sobre a imprensa alternativa – Jornalistas e revolucionários (2ª edição revista e ampliada. São Paulo: Edusp, 2006). A bibliografia sobre a atuação da imprensa no período da ditadura militar não é pequena e muito há, ainda inédito, nos armários das universidades: trabalhos de conclusão de curso (documentários, monografias e afins), dissertações e teses.

A propósito da bibliografia especializada no tema em apreço, registre-se o livro Recortes da mídia alternartiva, organizado pela professora Karina Janz Woitowicz, publicado pela editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. O livro reúne 22 artigos apresentados entre 2005 e 2008 no Grupo de Trabalho de Mídia Alternativa reunidos nos encontros nacionais organizados pela Rede Alfredo de Carvalho. É improvável que a obra chegue às livrarias do Norte e Nordeste, de modo que é recomendável o contato direto com a editora: editora@uepg.br ou (42) 3220 3744-45.

A professora Karina Woitowicz, ora realizando estudos no Chile, foi a criadora do GT de Mídia Alternativa e o conduziu com o brilho que se reflete na edição de Recortes. Os 22 artigos de pesquisadores de vários estados brasileiros foram agrupados em quatro capítulos: “Comunicação alternativa em tempos de repressão política”, “Luta pela democratização da palavra”, “Minorias sociais na mídia alternativa” e “Mídia alternativa: trajetória, conceitos e experiências”. A organizadora é autora de um dos artigos do primeiro capítulo: “Lutas e vozes das mulheres na imprensa alternativa: a presença do feminismo nos jornais Opinião, Movimento e Repórter na década de 1970 no Brasil”.

Enfim, a imprensa alternativa é um fenômeno de todos os tempos e se avulta sempre que a liberdade está ameaçada.

* Jornalista, produtor editorial e professor universitário. e-mail: lulapt@svn.com.br
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