terça-feira, 31 de julho de 2012

Último dia da Campus Party Recife


9h30 – Oficina Introdução ao software livre: conhecendo Linux Ubuntu – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

10h – Palestra Empresas de base tecnológica: como funciona o sistema de incubação do ITEP – Geraldo Magela/INCUBATEP


10h30 – Oficina Artes gráficas (edição de imagens com software livre – Gimp) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos


11h30 – Oficina Artes gráficas (edição vetorial com software livre – Inkscape) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

12h00
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

15h
– Oficina Multimídia (edição de vídeos usando Open Shot) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

16h30
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

17h
– Oficina Multimídia (edição de áudio usando Audacity) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

A mãe de toda corrupção

Coluna Econômica

Deixo de lado, por um dia, a série sobre modelos de desenvolvimento, para falar de tema central, no combate à corrupção no país: o financiamento privado de campanha.
Nos próximos dias começará o julgamento do “mensalão” – o sistema de financiamento de campanha do PT e partidos aliados, denunciado por Roberto Jefferson. Não há provas de que tenha sido um pagamento mensal por compra de apoio. É mais o apoio financeiro às campanhas políticas de aliados.
Mesmo assim, não deve ser minimizado, desde que se entenda que é algo que ocorre com todos os partidos e todas instâncias de poder.
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O país avançou enormemente na luta contra a corrupção. Dispõe de um conjunto de organismos funcionando, como o TCU(Tribunal de Contas da União), a AGU (Advocacia Geral da União), o Ministério Público, a Polícia Federal. E, agora, a Lei de Transparência, obrigando todos os entes públicos a disponibilizarem suas informações na Internet.
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Mas o ponto central de corrupção – o financiamento privado de campanha – continua intocado.
Por que ele tem essa importância?
O primeiro círculo de controle da corrupção é do próprio partido. São políticos vigiando correligionários.
Com o financiamento público de campanha e o Caixa 2, a contabilidade vai para o vinagre. É impossível controlar o que vai para o partido ou para o bolso dos que controlam as finanças partidárias.
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O mesmo ocorre na administração pública. A sucessão de convênios firmados por Ministérios com ONGs aliadas é efeito direto desse modelo.
Mas não apenas isso. Tome-se o responsável pela aprovação de plantas na Prefeitura de São Paulo. Durante anos e anos prevaricou. Para tanto, desobedecia as posturas municipais. Por que não foi denunciado por subordinados? Justamente por não saber se era iniciativa pessoal sua ou a mando do seu chefe, ou do chefe do chefe. Tudo isso devido ao financiamento privado de campanha.
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Essa prática nefasta acabou legitimando (embora não legalizando) vários tipos de golpe em todas as instâncias administrativas, em todos os quadros partidários.
Liquidou não apenas com a ética partidária mas com a própria democracia interna dos partidos. Na composição dos candidatos ao legislativo, tem preferência quem tem acesso a financiadores de campanha. E a conta será cobrada depois.
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Os desdobramentos se dão não apenas no âmbito da política, mas do próprio crime organizado.
A falta de regras faz com que pululem irregularidades em todos os cantos – desde meros problemas administrativos até escândalos graúdos.
Em parceria com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, por exemplo, a revista Veja montou uma verdadeira máquina de arapongagem em Brasilia, que servia não apenas para vender mais revista, criar mais intimidação, como para outros objetivos ainda não completamente esclarecidos.
Em muitos casos, levantavam-se escândalos com o único propósito de afastar quadrilhas adversárias de Cachoeira.
As revelações de ontem – do portal G1, da Globo – de que a namorada de Cachoeira chantageou um juiz (dizendo que tinha encomendado um dossiê para Veja) é demonstração cabal de como a corrupção entrou em todos os poros da vida nacional.

'Preparados para a nova realidade?', pergunta vice-presidente do Facebook

Executivo da maior rede social do mundo esteve na Campus Party Recife. Alexandre Hohagen falou sobre a revolução do marketing de influência.

 

 

Grande destaque na Campus Party Recife neste sábado (28), Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina, trouxe em sua palestra um tom de proximidade e vontade de dialogar com as regiões menos favorecidas economicamente, como é o caso do Nordeste. Por cerca de 45 minutos, ele explicou ao público, formado em sua maioria por jovens com menos de 25 anos, por que a cultura empresarial do Facebook é um case de sucesso nos dias atuais.|
"Não temos muitos níveis hierárquicos, estimulamos a reflexão e a capacidade das pessoas pensarem juntas. No meu time, por exemplo, todos podem questionar. Temos uma cultura informal, despojada". Essa afirmação traduz o espírito da maior rede social do mundo, que já possui cerca de 955 milhões de usuários. O compartilhamento de ideias e fotos, feito que tornou possível fazer do Facebook uma base de dados diferente de todas as outras já existentes, esteve presente no espírito da palestra.
'Fail harder'
Para o Facebook, alguns preceitos são fundamentais: "done is better than perfect" (feito é melhor do que perfeito, ou seja, é melhor sempre entregar mesmo que não esteja de acordo com as suas expectativas); "move fast and break things" (mova-se rápido e quebre coisas ou parâmetros), além do "fail harder" (erre feio). Há 15 anos, esses preceitos seriam inimagináveis no mundo corporativo.
Hohagen mostrou que existem três plataformas da empresa como empreendimento: as páginas, os anúncios e as plataformas. O publicitário-marketeiro-jornalista também falou da evolução do marketing e da comunicação. "Há 15 anos, ele [o marketing] era feito em 180 graus. Depois, passou para 360 graus. Agora, ele tem de ser feito durante 365 dias por ano. Este conceito de agências em 360 graus é o menos importante. O que não pode faltar é iniciar e manter uma conversa com as pessoas 365 dias ao ano".
O executivo também explicou o conceito de sociedade da informação instantânea e que, nela, a tecnologia está mudando, mas o comportamento humano, não. Ele destacou ainda a importância das redes sociais nas estratégias de marketing e relações-públicas das empresas. Falou da indústria de games e o seu desenvolvimento pelo conceito do "social by design". "Há uma mudança na forma de se comunicar nesta geração, que deixou de ser linear. Destaco ainda que hoje existe a capacidade e o poder de armazenamento de dados, além da conectividade. Isso mudou tudo", afirmou.
Atualmente, a rede social possui 955 milhões de usuários, dos quais 540 milhões acessam o Facebook via celulares, smartphones e tablets. Além disso, 550 milhões dessas pessoas acessam o FB todos os dias. Hohagen finalizou a palestra questionando: "o mundo está mudando e mudando muito rapidamente, mas o comportamento humano, não. Vocês estão preparados para esta nova realidade?".
'Acredito no Recife'
Em entrevista ao G1, o executivo comentou a realização de um evento como a Campus Party fora do eixo Rio-SP. "Eu acho sensacional a experiência dessa descentralização. Recife é um polo de tecnologia no País. A importância de vir aqui e compartilhar a minha experiência é profissional e há uma satisfação pessoal nisso também. Gostaria de influenciar as grandes empresas do eixo Rio-SP para vir aqui também. Acredito no Recife. Conheço o trabalho do C.E.S.A.R e acho que está na hora de dar espaço às pessoas daqui focadas em desenvolvimento".
Perguntado sobre o que seria necessário para quem está começando e deseja trabalhar com redes sociais, Hohagen ressaltou a importância de saber o que se quer. "Pensar sobre isso é uma coisa que a gente faz pouco. Nos EUA e na Europa, há uma cultura de orientar melhor os jovens para saber quais são as suas reais habilidades. Além disso, o conceito de empresa mudou. Não existem mais os níveis hierárquicos. Algumas pesquisas apontam que o que as pessoas consideram essencial hoje em dia é o ambiente de trabalho e a capacidade de inovar dentro das companhias", finalizou.
Formado em Jornalismo e Publicidade, com mestrado em Recursos Humanos, Alexandre Hohagen começou a carreira em 1987, na área de comunicação e marketing da Dow Chemical Company, onde passou de estagiário a gerente de relações públicas para a América Latina. Em seguida, assumiu cargos de liderança em multinacionais como a Boehringer Ingelheim e do ABN Anro Bank. Em 200, ingressou no UOL (Universo Online), trabalhando em diversas funções, como chefe de vendas globais nos EUA e vice-presidente de publicidade e e-commerce. Depois, tornou-se gerente geral da HBO no Brasil, onde liderou as operações de vendas de publicidade em canais premium. Em 2005, foi convidado a implementar o Google no Brasil, como gerente geral da companhia.
A trajetória em uma das gigantes da tecnologia decolou em 2008, quando foi nomeado diretor geral para a América Latina, operação que envolvia mais de 20 países e escritórios na Argentina, Brasil, Chile, Colômia, Peru e México. Desde fevereiro de 2011, é o vice-presidente do Facebook na América Latina e responsável pela implementação da empresa na região.

via: g1pe

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