terça-feira, 31 de julho de 2012

Último dia da Campus Party Recife


9h30 – Oficina Introdução ao software livre: conhecendo Linux Ubuntu – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

10h – Palestra Empresas de base tecnológica: como funciona o sistema de incubação do ITEP – Geraldo Magela/INCUBATEP


10h30 – Oficina Artes gráficas (edição de imagens com software livre – Gimp) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos


11h30 – Oficina Artes gráficas (edição vetorial com software livre – Inkscape) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

12h00
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

15h
– Oficina Multimídia (edição de vídeos usando Open Shot) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

16h30
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

17h
– Oficina Multimídia (edição de áudio usando Audacity) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

A mãe de toda corrupção

Coluna Econômica

Deixo de lado, por um dia, a série sobre modelos de desenvolvimento, para falar de tema central, no combate à corrupção no país: o financiamento privado de campanha.
Nos próximos dias começará o julgamento do “mensalão” – o sistema de financiamento de campanha do PT e partidos aliados, denunciado por Roberto Jefferson. Não há provas de que tenha sido um pagamento mensal por compra de apoio. É mais o apoio financeiro às campanhas políticas de aliados.
Mesmo assim, não deve ser minimizado, desde que se entenda que é algo que ocorre com todos os partidos e todas instâncias de poder.
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O país avançou enormemente na luta contra a corrupção. Dispõe de um conjunto de organismos funcionando, como o TCU(Tribunal de Contas da União), a AGU (Advocacia Geral da União), o Ministério Público, a Polícia Federal. E, agora, a Lei de Transparência, obrigando todos os entes públicos a disponibilizarem suas informações na Internet.
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Mas o ponto central de corrupção – o financiamento privado de campanha – continua intocado.
Por que ele tem essa importância?
O primeiro círculo de controle da corrupção é do próprio partido. São políticos vigiando correligionários.
Com o financiamento público de campanha e o Caixa 2, a contabilidade vai para o vinagre. É impossível controlar o que vai para o partido ou para o bolso dos que controlam as finanças partidárias.
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O mesmo ocorre na administração pública. A sucessão de convênios firmados por Ministérios com ONGs aliadas é efeito direto desse modelo.
Mas não apenas isso. Tome-se o responsável pela aprovação de plantas na Prefeitura de São Paulo. Durante anos e anos prevaricou. Para tanto, desobedecia as posturas municipais. Por que não foi denunciado por subordinados? Justamente por não saber se era iniciativa pessoal sua ou a mando do seu chefe, ou do chefe do chefe. Tudo isso devido ao financiamento privado de campanha.
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Essa prática nefasta acabou legitimando (embora não legalizando) vários tipos de golpe em todas as instâncias administrativas, em todos os quadros partidários.
Liquidou não apenas com a ética partidária mas com a própria democracia interna dos partidos. Na composição dos candidatos ao legislativo, tem preferência quem tem acesso a financiadores de campanha. E a conta será cobrada depois.
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Os desdobramentos se dão não apenas no âmbito da política, mas do próprio crime organizado.
A falta de regras faz com que pululem irregularidades em todos os cantos – desde meros problemas administrativos até escândalos graúdos.
Em parceria com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, por exemplo, a revista Veja montou uma verdadeira máquina de arapongagem em Brasilia, que servia não apenas para vender mais revista, criar mais intimidação, como para outros objetivos ainda não completamente esclarecidos.
Em muitos casos, levantavam-se escândalos com o único propósito de afastar quadrilhas adversárias de Cachoeira.
As revelações de ontem – do portal G1, da Globo – de que a namorada de Cachoeira chantageou um juiz (dizendo que tinha encomendado um dossiê para Veja) é demonstração cabal de como a corrupção entrou em todos os poros da vida nacional.

'Preparados para a nova realidade?', pergunta vice-presidente do Facebook

Executivo da maior rede social do mundo esteve na Campus Party Recife. Alexandre Hohagen falou sobre a revolução do marketing de influência.

 

 

Grande destaque na Campus Party Recife neste sábado (28), Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina, trouxe em sua palestra um tom de proximidade e vontade de dialogar com as regiões menos favorecidas economicamente, como é o caso do Nordeste. Por cerca de 45 minutos, ele explicou ao público, formado em sua maioria por jovens com menos de 25 anos, por que a cultura empresarial do Facebook é um case de sucesso nos dias atuais.|
"Não temos muitos níveis hierárquicos, estimulamos a reflexão e a capacidade das pessoas pensarem juntas. No meu time, por exemplo, todos podem questionar. Temos uma cultura informal, despojada". Essa afirmação traduz o espírito da maior rede social do mundo, que já possui cerca de 955 milhões de usuários. O compartilhamento de ideias e fotos, feito que tornou possível fazer do Facebook uma base de dados diferente de todas as outras já existentes, esteve presente no espírito da palestra.
'Fail harder'
Para o Facebook, alguns preceitos são fundamentais: "done is better than perfect" (feito é melhor do que perfeito, ou seja, é melhor sempre entregar mesmo que não esteja de acordo com as suas expectativas); "move fast and break things" (mova-se rápido e quebre coisas ou parâmetros), além do "fail harder" (erre feio). Há 15 anos, esses preceitos seriam inimagináveis no mundo corporativo.
Hohagen mostrou que existem três plataformas da empresa como empreendimento: as páginas, os anúncios e as plataformas. O publicitário-marketeiro-jornalista também falou da evolução do marketing e da comunicação. "Há 15 anos, ele [o marketing] era feito em 180 graus. Depois, passou para 360 graus. Agora, ele tem de ser feito durante 365 dias por ano. Este conceito de agências em 360 graus é o menos importante. O que não pode faltar é iniciar e manter uma conversa com as pessoas 365 dias ao ano".
O executivo também explicou o conceito de sociedade da informação instantânea e que, nela, a tecnologia está mudando, mas o comportamento humano, não. Ele destacou ainda a importância das redes sociais nas estratégias de marketing e relações-públicas das empresas. Falou da indústria de games e o seu desenvolvimento pelo conceito do "social by design". "Há uma mudança na forma de se comunicar nesta geração, que deixou de ser linear. Destaco ainda que hoje existe a capacidade e o poder de armazenamento de dados, além da conectividade. Isso mudou tudo", afirmou.
Atualmente, a rede social possui 955 milhões de usuários, dos quais 540 milhões acessam o Facebook via celulares, smartphones e tablets. Além disso, 550 milhões dessas pessoas acessam o FB todos os dias. Hohagen finalizou a palestra questionando: "o mundo está mudando e mudando muito rapidamente, mas o comportamento humano, não. Vocês estão preparados para esta nova realidade?".
'Acredito no Recife'
Em entrevista ao G1, o executivo comentou a realização de um evento como a Campus Party fora do eixo Rio-SP. "Eu acho sensacional a experiência dessa descentralização. Recife é um polo de tecnologia no País. A importância de vir aqui e compartilhar a minha experiência é profissional e há uma satisfação pessoal nisso também. Gostaria de influenciar as grandes empresas do eixo Rio-SP para vir aqui também. Acredito no Recife. Conheço o trabalho do C.E.S.A.R e acho que está na hora de dar espaço às pessoas daqui focadas em desenvolvimento".
Perguntado sobre o que seria necessário para quem está começando e deseja trabalhar com redes sociais, Hohagen ressaltou a importância de saber o que se quer. "Pensar sobre isso é uma coisa que a gente faz pouco. Nos EUA e na Europa, há uma cultura de orientar melhor os jovens para saber quais são as suas reais habilidades. Além disso, o conceito de empresa mudou. Não existem mais os níveis hierárquicos. Algumas pesquisas apontam que o que as pessoas consideram essencial hoje em dia é o ambiente de trabalho e a capacidade de inovar dentro das companhias", finalizou.
Formado em Jornalismo e Publicidade, com mestrado em Recursos Humanos, Alexandre Hohagen começou a carreira em 1987, na área de comunicação e marketing da Dow Chemical Company, onde passou de estagiário a gerente de relações públicas para a América Latina. Em seguida, assumiu cargos de liderança em multinacionais como a Boehringer Ingelheim e do ABN Anro Bank. Em 200, ingressou no UOL (Universo Online), trabalhando em diversas funções, como chefe de vendas globais nos EUA e vice-presidente de publicidade e e-commerce. Depois, tornou-se gerente geral da HBO no Brasil, onde liderou as operações de vendas de publicidade em canais premium. Em 2005, foi convidado a implementar o Google no Brasil, como gerente geral da companhia.
A trajetória em uma das gigantes da tecnologia decolou em 2008, quando foi nomeado diretor geral para a América Latina, operação que envolvia mais de 20 países e escritórios na Argentina, Brasil, Chile, Colômia, Peru e México. Desde fevereiro de 2011, é o vice-presidente do Facebook na América Latina e responsável pela implementação da empresa na região.

via: g1pe

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Bahia Blues com Carol Rodrigues e banda Bluenote


BAHIA BLUES



Por Antonio Nelson


É no bairro boêmio do Rio Vermelho, na cidade do Salvador, Bahia, que Carol Rodirgues e banda Bluenote apresentam único show, com entrada franca, neste sábado (28), na Dbliner's Irish Pub, às 23h, na Rua da Paciência. A apresetação conta com a participação especial do contra-baixista Petronius Bandeira.

Bahia presta homenagem à Luiz Gozaga no TCA com ingressos a R$ 1


Em celebração ao centenário de Luiz Gonzaga, o Sarau do João, acontece na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA) com ingressos (inteira) a R$ 1,00, neste domingo, 29 de julho, às 11 horas. Com direção musical é do maestro e compositor Tom Tavares, o Sarau terá os artistas: Alexandre Leão, Ana Américo, Carlos Pitta, Cinho Damatta, Claudia Cunha, Carlinhos Cor das Aguas, Carla Visi, Celo Costa, Maviael Melo, Mario Ulloa, Marilda Santana, Grupo Mandaia, Joatan Nascimento, Ivan Sacerdote, Fernando Oliveira, Dema e Regina, Asdrubal Alvin (Dubinha), Mauricio Peixoto, Rita Tavares, Jana Vasconcellos e Priscila Magalhães, Raul Bermudez, Duo Âmbar, Milton Candeias, Luíza Britto e Salete Souza.

O Sarau do João é de autoria de João Américo,  que é apaixonado por música e especialista em sonorização. O evento comemora o retorno do projeto Domingo no TCA.

Data: 29/07/2012

Horário: 11:00

Valor: R$ 1,00 (inteira), compra individual no dia do espetáculo, a partir das 9h, com acesso imediato do público. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Agenda Campus Party Recife


Foto: Divulgação

Estamos chegando, Recife!


A escolha por Recife não foi à toa. A cidade, além de ser considerada o "Marco Zero" da ciência no Brasil, sedia o principal pólo tecnológico do país e vem crescendo a olhos vistos nesta área. O entusiasmo empregado no projeto torna o desafio ainda mais prazeroso para a equipe do maior acontecimento tecnológico do mundo. Campuseiros de todas as partes demonstram ansiedade para a chegada deste novo acontecimento.
Todos, como é de se esperar, serão imersos em uma vasta e diversificada quantidade de conteúdos focados em temas que vão do empreendedorismo à inovação, sem deixar de lado debates essenciais sobre sustentabilidade e inclusão digital. E você, vai ficar de fora?


quinta-feira, 26 de julho
18:00
 Abertura - Campus Party Recife
Quandoqui, 26 de julho, 18:00 – 18:30
OndeChevrolet Hall Olinda PE (mapa)
DescriçãoDepois de se consagrar como a maior edição do mundo, a Campus Party chega a Recife para continuar aproveitando o embalo dos campuseiros brasileiros ainda em 2012!
18:30
 Lançamento Plataforma Campuse.ro
Quandoqui, 26 de julho, 18:30 – 19:30
OndeChevrolet Hall Olinda PE (mapa)
sexta-feira, 27 de julho
10:00
 EMPREENDEDORISMO: DEBATE - Web Tendências: novos produtos e serviços para um novo consumidor
Quandosex, 27 de julho, 10:00 – 11:15
OndeChevrolet Hall Olinda PE (mapa)
DescriçãoCENÁRIO PRINCIPAL - Em um contexto em que a conectividade faz parte do dia a dia da grande maioria das pessoas, as fronteiras entre o online e o offline já não existem. Com as novas tendências da web, muitos consumidores mudam seu estilo de vida em favor de uma vida mais confortável e prática, mas e as empresas? Estão acompanhando as mudanças de comportamento e consumo dessa nova realidade? Encontre nesse debate tendências de mercado e de consumo com foco na economia digital.
10:00
 PALESTRA - Protocolos de comunicação unificados
Quandosex, 27 de julho, 10:00 – 11:00
OndeCenário Galileu (mapa)
DescriçãoComo enviar comandos para seus robôs? Imagine se todos os robôs pudessem se comunicar entre si, com as pessoas e dispositivos (tablets, smartphones e computadores) a partir de uma linguagem comum. É possível construir ferramentas de comunicação capazes de controlar diversos robôs, até os que foram construídos por outras pessoas? Palestrante: Thiago Cardoso - Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, mestrado em andamento em sistemas Embarcados, atualmente trabalha como engenheiro de software do INdT (Instituto Nokia de Tecnologia). Formou um grupo de robótica para competições durante a graduação e atualmente colabora com o RoboLivre.org.
10:00
 OFICINA - SEO: sucesso nas buscas
Quandosex, 27 de julho, 10:00 – 11:00
OndeCenário Michelangelo (mapa)
DescriçãoVocê já foi até em cartomante para tentar trazer o leitor amado em três dias, mas mesmo assim ninguém visita seu Blog? Calma que existem estratégias bem mais eficazes do que essa. Mecanismos de busca são fundamentais para aumentar a visitação do seu site e, se aplicados corretamente, podem melhorar a visibilidade de suas publicações. Conheça estratégias de SEO e melhore o seu site ou blog! Palestrante Gustavo Guanabara - Professor universitário, funcionário público e consultor em tecnologia. Fundador do Guanabara.info, site de tecnologia que possui um podcast, o GuanaCast.
10:00
 PALESTRA: Lançamento Vivo Hackathon
Quandosex, 27 de julho, 10:00 – 11:00
OndeCenário Pitágoras (mapa)
DescriçãoDescubra como vai ser o maior desafio de desenvolvimento da Campus Party Recife, o Hackathon Vivo. Entre em contato com as plataformas Meu Vivo APP e Blue Via e aprenda mais com dicas de programação.
10:00
 MESA Jogos conversacionais e a gameficação da educação
Quandosex, 27 de julho, 10:00 – 11:00
OndeCenário Stadium (mapa)
DescriçãoO que chama mais a nossa atenção: giz branco escrito em um quadro negro ou uma tela com milhões de cores? Com as novas tecnologias, é preciso criar novos métodos e conceitos de ensino para manter professores e alunos estimulados. Saiba de que modo os videogames estão fazendo parte desta revolução educacional. Participantes: Luciano Meira - Professor de Psicologina da Universidade de Pernambuco Ana Selva - Secretaria de Educação de Pernambuco Adriana Martineli - Education Technology Manager no Instituto Ayrton Senna Fred Vasconcelos - CEO da Jynx Playware e da JoyStreet, empresa desenvolvedora das Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação - OJE
11:15
 MESA - Transmídia: mídia além das mídias sociais
Quandosex, 27 de julho, 11:15 – 12:30
OndeCenário Michelangelo (mapa)
DescriçãoNos anos 1980 o vídeo revolucionou a comunicação. Passados 30 anos, já não cabe mais na TV nem na WebTV e permeia as experiências mais diversas. Esta mesa mostra as novas possibilidades, das revistas aos jogos digitais. Daniel Edmundson - Sócio fundador da Bateu Castelo (Filmes), cria, produz e dirige filmes junto com seus sócios André Hora, Pedro Alexandria e Malu Donanzan. Também é sócio fundador da mooz (Branding + Design Thinking).Bateu Castelo é uma produtora pernambucana especializada em conteúdo digital. Realizamos projetos com conceito, direção e design próprios. Acreditamos na comunicação positiva, inteligente, que vira referência, que agrega valor e causa repercussão. Acreditamos na internet como ferramenta política. Ricardo Oliveira é coordenador de mídias digitais da Rede Paraíba de Comunicação e sócio-fundador da Tks t-shirts & happiness. É blogueiro há 12 anos e desde de 2007 mantém o Diversitá, um blog sobre cultura pop. É mestre em comunicação pela UFPB e professor em pós-graduações da iDEZ/Estácio, Maurício de Nassau, Fits, entre outras, ministrando disciplinas como transmídia & convergência, marketing digital e produção de conteúdo para mídias sociais. "Blogs: cultura convergente e participativa" é o seu primeiro livro e foi lançado em 2010, pela editora Marca de Fantasia.
11:15
 MESA - Computadores fazem arte e os robôs são os artistas
Quandosex, 27 de julho, 11:15 – 12:15
OndeCenário Galileu (mapa)
DescriçãoA celebre música de Fred 04 eternizada na voz de Chico Science diz que os computadores fazem arte e os cientistas criam robôs. Mas e quando os robôs também passam a serem artistas autônomos? Quais os avanços e questionamentos da chamada arte robótica ou diríamos arte não-humana? Não seria a criação artística uma capacidade exclusivamente humana. Palestrantes Edson Barrus (mediador) - nasceu na cidade de Carnaubeira da Penha, Estado de Pernambuco, em 1961. Formado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Sócio da B.Cubico (B³ ), agência de conexão do cinematográfico ao virtual. Gentil Porto - Arquiteto e Urbanista pela UFPE (1993), com mestrado (1999) e doutorado (2004) em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Professor Adjunto do Departamento de Design da UFPE e pesquisador líder do Laboratório de Inteligência Artística - i! (desde 2009). Professor Visitante da Universidade de Eindhoven, Holanda (2004). Tem experiência nas áreas de Projeto de Arquitetura e Urbanismo e Artes Plásticas, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos projetuais, estética, vanguardas e arte contemporânea. Clylton Galamba - Graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Pernambuco (1970) e doutorado em Electronics Engineering pela Brunel University (UK 1977) quando iniciou suas pesquisas em Redes Neuronais Artificiais que se estenderam até 1985 quando ainda fazia parte do atual CIN da UFPE. Atualmente é adjunto 4 no Departamento de Design da Universidade Federal de Pernambuco onde ensina a nível de graduação e pós-graduação. Na graduação em design vem ensinando sistematicamente disciplinas de natureza instrumental como desenho de observação e fotografia, e mais recentemente disciplinas conceituais na fronteira do design com a tecnologia e a arte. Atualmente, suas pesquisas e ensino na pós-graduação em design envolvem o desenvolvimento de subsídios para o design sustentável: educação tecnológica e design; complexidade, emergência e design; filosofia e sociolgia da tecnologia; design de sociedades artificiais (sociedade como uma rede de pessoas); comportamento social sustentável.
11:15
 OFICINA - Lançamento Oficial do Framework Opensource FacilMVC pela comunidade PHPPernambuco
Quandosex, 27 de julho, 11:15 – 12:15
OndeEspaço de oficinas (mapa)
DescriçãoAprenda a utilizar este framework open source que foi desenvolvido pela comunidade PHP Pernambuco e esta sendo utilizado em diversas empresas como Ogilvy, Baterias Moura, Civis Gestão Inteligente, WebInterativa, Especializa, entre outras. Características: - Server Side: Framework MVC orientado a objetos com: Suporte a multiambientes Suporte a URLs amigáveis Suporte a junção e compactação de recursos estáticos como JS e CSS Suporte a Internacionalização Plugins PHPMailer, Doctrine ORM e cURL Clientes simplificados para integrações com Redes Sociais Twitter e Facebook e mecanismos de pagamento PagSeguro e Pagamento Digital - Client Side: Integrado ao HTML5 BoilerPlate trazendo Modernizr, jQuery e boas práticas HTML5 Palestrante Jose Berardo Formado em Administração de Empresas pela FCAP/UPE. Diretor e professor da Especializa Treinamentos. Certificado PHP 4 e 5 e Java Programmer e Web Component Developer. Trabalha com PHP desde 2000. Montou o primeiro curso preparatório para certificação oficial PHP do Brasil, em 2005.
11:15
 PALESTRA - Sua primeira e próximas aplicações Android: como fazer em uma hora?
Quandosex, 27 de julho, 11:15 – 12:15
OndeCenário Pitágoras (mapa)
DescriçãoEntre em contato com os principais recursos utilizados para criar aplicativos para Android. Aprenda de maneira prática os primeiros passos para desenvolver para este sistema operacional, utilizando ferramentas que facilitam a vida dos desenvolvedores e fazem desta plataforma Google um sucesso no mercado mobile. Palestrante Nelson Glauber de Vasconcelos Leal -[nbsp]Mestre em Engenharia de Software pelo C.E.S.A.R. (www.cesar.org.br), trabalha com TI desde 2001 e atualmente é Engenheiro de Sistemas do Centro, onde desenvolve jogos, aplicações e novos recursos para a plataforma Android. Também é professor de tecnologias mobile no CESAR.edu (www.cesar.edu.br) e na Unibratec (www.unibratec.edu.br).

Íntegra: http://recife.campus-party.org/2012/agenda-geral-CPRecife.html

"O jornalismo está defasado", afirma professor da PUC-SP


"O jornalismo está defasado", diz Eugênio Trivinho

Por Bruno de Pierro, no Brasilianas.org
Estamos vendo surgir uma nova modalidade de capitalismo com as redes sociais, segundo a qual as regras da comunicação não são mais ditadas pelo jornalismo. Além dos fatos que costuma abordar e perseguir, a prática jornalística está às voltas com o “sobrefato”, ou seja, a movimentação da sociedade dentro do espaço cibernético, da qual a produção simbólica do jornalismo é dependente. A avaliação é de Eugênio Trivinho, professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e assessor do CNPq, da CAPES e da FAPESP.
Considerado um dos principais nomes do estudo sobre a cibercultura, Trivinho falou ao Brasilianas.org por duas horas sobre as transformações da comunicação nas redes sociais e a defasagem do jornalismo para lidar com a nova ordem que se impõe. Para o professor, o que acontece é um “destronamento do jornalismo como instrumento de mediação simbólica da sociedade”, ao mesmo tempo que o real é reportado sem a necessidade da edição, perdendo-se, assim, o monopólio do jornalismo especializado.
Na conversa, Trivinho ainda explica o conceito de “glocalização”, em oposição à globalização. Para ele, o termo “glocal” pode explicar melhor o cenário estabelecido pela conexão da Internet, pois significa aquilo que une o global da rede no local de acesso. Por fim, Trivinho fala sobre como o modo de produção do saber na cibercultura tornou-se incompatível com os cânones da Ciência. Confira abaixo as principais partes da entrevista. A íntegra está disponível, em PDF, abaixo do post, ou pode ser acessada por aqui.
Redes Sociais

No campo político, as redes sociais são uma espécie de epicentro articulatório de indivíduos que, a priori, são isolados, para fazer renascer alguma forma de movimentação na sociedade. E na sociedade pode ser dentro ou fora da rede. Essa forma de fazer política pode ser, muitas vezes, tão forte e envolvente que é capaz de se mobilizar e se fazer projeção contra o próprio aparato repressivo (cavalos, gás lacrimogêneo etc.).

Elas tem uma clara função econômica. São articuladoras de novas formas de empreendedorismo, que não estão vinculadas a certos padrões capitalistas. O fato de não haver, em alguns casos, contratação de mão de obra assalariada implica na recusa de certos pressupostos capitalistas, porque onde há emprego de mão de obra assalariada, há, evidentemente, produção de riqueza não repartida. Essa produção da mais-valia, que se reparte, na maior grandeza, para aquele que detém as condições de contratação, e a menor grandeza para aquele que apenas vende sua força de trabalho, sua competência cognitiva, sua habilidade profissional, a recusa e a ausência não configura, portanto, a existência daquele fio condutor que sempre animou o capitalismo, que foi a exploração de um ser humano por outro.

A outra dimensão que as redes sociais trazem, essa sim mais sutíl e bastante curiosa, é o fato de que diversas mega corporações, que portanto trabalham suas marcas ao nível transnacional - e que muitas vezes são redes sociais, Facebook, por exemplo - e que se valem do trabalho articulado de milhões, bilhões de pessoas ao redor do mundo, consideradas como capital humano, e que aderem a essa marca sem gastar um tostão. E justamente por isso valoram, semana a semana, mês a mês, ano a ano, a marca. É a exploração que não passa como exploração. É a exploração flexivel, sutil, imperceptível, obliterada de uma marca, que se gerencia como marca, que acolhe os consumidores - eles não precisam comprar nada no mercado.

Jornalismo

O jornalismo está agora em outro contexto, cujas regras não foram dadas por ele, e diante de um fato que se coloca bastante curioso: o jornalismo, além dos fatos que ele aborda e que ele persegue, está às voltas com o “sobrefato”, que é agora o caso das redes sociais. O jornalismo, que sempre dependeu de determinadas movimentações maquinais, tecnocráticas, uma parafernalha de hardwares (satélites, televisores), agora tem a Internet. Mas o jornalismo não depende só da parte da parafernalha da Internet, ele depende de uma movimentação interessante e que é da sociedade, dentro do ciberespaço e do qual o jornalismo e sua produção simbólica depende. Assim, o jornalismo está defasado em relação ao seu próprio contexto de inserção, exclusivamente relacionado ao modo de produção em tempo real. Ele precisa se adequar, espargindo as suas redes para fontes que agora não estão, senão, no universo das redes sociais.

E mesmo o jornalismo de rede precisa descobrir novas formas de articulação noticiosa, que necessariamente não se faz por contrato de trabalho, às vezes se dá por voluntariedade. Aí já estamos caindo na segunda forma de jornalismo, que é como nós podemos considerar o jornalismo de um modo mais aberto, ou seja, lato sensu. Jornalismo pode ser considerado como um modo de reportar o real e o social, o modo de reportar a vida. Com uma linguagem específica? Sim, mas não precisa ser única. E reportar falo em recriar, pois muitas vezes o fato nem existe. Às vezes é um factóide, criado pela própria notícia, e a notícia passa a ser o próprio fato. E as pessoas vão ler a notícia como sendo o próprio fato. É preciso deslocar a definição. E se jornalismo for reportar o real para outrem - a literatura faz isso, a poesia faz isso, o teatro faz isso -, então ele é uma modalidade de recriação desse real, para outrem, a partir de uma linguagem muito específica.

O jornalismo foi abolido como mediação simbólica, como escritura e re-escritura; as redes sociais fazem isso. O que ocorre é um destronamento do jornalismo como instrumento de mediação simbólica da sociedade e, ao mesmo tempo, uma forma de reportar o real, que tinha sua força, primeiro na inexistência de edição e, segundo, na colocação a público, de forma para compartilhamento, no momento em que o fato estava praticamente acontecendo.
Trivinho: jornalismo foi abolido como mediação simbólica / Foto: IstoÉ

Quebra do monopólio de informações


É uma forma de dizer “recusamos o monopólio da informação”, “recusamos a possibilidade de edição, que já opera uma auto-censura, e faz os produtos irem à população a partir de uma mediação reconstrutora, que pode ser uma maquiagem a respeito do que, de fato, aconteceu. O fato é bruto, sem mediação, exceto aquela das maquinárias e da vontade típica das próprias redes sociais. Essa quebra de monopólio não pode ser desconsiderada como um fato que já é conhecido, que vem acontecendo há pelo menos desde a criação dos computadores pessoais, nos anos 1970, 1980. Essa quebra de monopólio tem um fato novo: o fato agora é reportado por aqueles que o fazem ou que estão muito próximos dele, e que, muitas vezes, não tem ligação com as empresas jornalísticas mediadoras e simbólicas da sociedade.

Se nós considerarmos que jornalismo é produção simbólica de reportar o real, então temos que considerar fora do cânone acadêmico, universitário, técnico, que o que está acontecendo é um fato para o qual o jornalismo ainda não nasceu, ainda nem se deu conta. E mostra o quanto ele está defasado; ele está vendo a proliferação de fontes e não sabe o que faz com elas. O quanto ele está aturdido em relação a isso que comparece como modo de produção simbólica espontânea, de redes sociais comprometidas não somente politicamente, mas com o fato de que é necessário produzir sobre o social, sobre a vida, algo que seja mais autêntico, mais próximo do que são os fatos, do que o próprio jornalismo tem feito.

Produção do saber na Internet

A Internet traz um modo de produção do saber que não é, de alguma forma, compatível com aquele do cânone da ciência. O modo de produção do saber das redes sociais, e mesmo antes da web, com os modens, é o fato de que há quebra da linearidade, há uma emergência da aleatoriedade; o fato de você ter, no Huffington Post, repetitividade de certas expressões, e as pessoas não estão nem aí, esse é o modo aleatório de produção do saber. Você pode encontrar isso em vários lugares a mesma matéria, ou em meios diferentes, duplicadas em parte e continuadas a partir de um desenvolvimento diferenciado do que foi feito no outro dia. E aí você tem acesso a uma versão e depois você saber que existe uma outra versão mais desenvolvida, e alguém pergunta: “mas você leu essa matéria?”, e você responde: “li, mas estava relacionada à versão prévia”.

Esse tipo de produção do saber - e ao mesmo tempo comprometido com uma visualidade, com apresentação despreocupada em relação à questão da logicidade, em relação a não-repetitividade e aos cânones da lógica, da ontologia - é o que acaba, no fundo, colocando para nós que estamos nos relacionando com um fenômeno, cujos horizontes são tão abertos, e nós nem começamos a explorar, e em relação ao qual nós sequer temos elementos epistemológicos herdados para poder abordar. E eu falo de cátedra, pois eu pesquiso essas questões da cibercultura, que é um nome que considero importante para ser cobertura para a fase digital do capitalismo tardio. Quer dizer, eu tomo cibercultura como categoria de época.

O Híbrido e o Glocal

O híbrido é uma categoria terceira, que se opera a partir da junção irreversível entre duas constitutivas. E essa terceira não se reduz nem a uma, nem a outra. Por exemplo, o glocal, que não é nem global, nem local, é uma terceira coisa. Quando se diz aldeia global, em Marshall McLuhan, é algo presencial e circunscrito, e, ao mesmo tempo, global. Existe aí um paradoxo, uma anti-tese.

Quando você liga o seu celular, alguém liga e você atende, ou quando você abre seu tablet e está conectado, e mesmo quando você liga a televisão, você está na terceira grandeza, no contexto glocal. Significa que você não está nem no local, você está conectado em rede, e você não está nem na rede, porque o seu corpo está no local. Você está no híbrido, no meio. E nós não vivemos no meio.

O que você tem é uma mídia que glocaliza. Ela une a dimensão do global, com notícia que vem de todos os lugares, que perpassa o seu ponto de rede, e que chega no seu tablet, no seu rádio, televisão; mas que uma vez que chega até você, porque somos mercado, chega se entrelaçando com o local, e dele não se separa. De modo tal que o que vem da China, do cinturão Norte da África, de Wall Street, nos Estados Unidos, é mais íntimo para nós, quando chega em nossa tela, do que o que acontece na esquina. Então, há um fenômeno muito curioso, que é o de distanciamento do que é próximo e uma aproximação com o que é distante.

O ciberespaço

Estamos às voltas com uma fenomenologia diferenciada. A fenomenologia do ciberespaço, das redes, e também rádio, televisão, enfim tudo o que se refere ao glocal traz consigo uma série de desafios que são inexplicados. E o horizonte é profundo, inesgotável, não vai terminar tão cedo. E nós precisamos dar conta, de alguma forma, disso. E a área de comunicação é uma área privilegiada, porque é com os fenômenos da comunicação que tudo isso tem mudado no social, mas, ao mesmo tempo, a comunicação tem instrumentos que herdou (metodológicos e epistemológicos) da sociologia, da antropologia, da ciência política, da história, da filosofia, e, ainda assim, não está preparada para poder abarcar, com profundidade e maior extensão, o fenômeno.

Crise de paradigma e Modernidade

A comunicação é partícipe e, ao mesmo tempo, receptáculo dessa crise de paradigma, que começa em meados do século XX, com o final da Segunda Guerra e a liberação de grandes forças tecnológicas, científicas e econômicas. Liberação em termos de aceleração completa. Estamos vivendo, agora, o estressamento dessa onda de longa duração. Ninguém aguenta mais tanta aceleração, tanta vida articulada pela lógica da velocidade. Para tudo temos que correr, qualquer produção. E nós somos julgados e avaliados em função da produtividade que fazemos em menos tempo. O jornalismo diário, e o semanal também, é uma loucura, porque você precisa dar conta do tacape do tempo. Então, a partir dessa época [meados do século XX], ocorreu o que os historiadores teóricos vem tratando como Ocaso da Modernidade e a emergência de alguma coisa que se pode chamar de “pós”: pós-industrial, pós-moderno, e até falaram em pós-capitalismo.

Aí começa uma sensação, desde o senso comum até a Ciência, passando por outras formas de produção simbólica na sociedade, e a principal delas é a jornalística, de que nós já não sabíamos mais nomear quê tipo de civilização era aquela que estavamos vivendo. E essa quebra de paradigma vinha justamente pelo fato de que já não se podia mais acreditar nas metanarrativas, nas utopias ou grandes visões de mundo, porque foram elas que nos levaram à hecatombe. Foi o liberalismo pelo capitalismo, foi o nazismo pelo Terceiro Reich, foi o comunismo stalinista, pela burocracia soviética, que nos levaram a um beco sem saída: a Segunda Guerra, que aplicou, para destruição, todos os recursos do século XVIII, ou desenvolvidos, a partir dele, para emancipar o gênero humano do obscurantismo, da miséria. A Razão, a Ciência e a Técnica foram barganhadas para a destruição massificada, inclusive depois daquela bomba, vieram outras ogivas, no ápice da Guerra Fria, capazes de destruir o planeta. Alguma coisa tinha que parar esse filme, que era o conto da carochinha do progresso tecnológico. A modernidade acabou se realizando pela sua sombra. Não foi a modernidade prevista, da liberdade, da distribuição da riqueza.

As ciências, cada qual no seu ramo, desenvolviam-se em função de uma narrativa de emancipação, todas elas cooperavam para trazer luz, para que o ser humano pudesse, através do conhecimento, da superação das doenças, da superação da miséria, das superstições, a luz da ciência, a luz da Razão, para que a humanidade pudesse prosperar em conjunto. As ciências trabalhavam em função de uma metanarrativa; ou era o marxismo, ou era o liberalismo, ou o humanismo. De repente, perdemos os referenciais primeiros. Cada ciência começou a operar por conta própria, começou a olhar para dentro de si, e a se desenvolver segundo um método, que é desenvolver-se em congressos específicos. Uma não se comunica com a outra, e a idéia de interdisciplinaridade começou a ser bastante artificial.

Comunicação como modus vivendi

A comunicação é muito mais do que um campo de trabalho, um campo de saber e é muito mais do que o conjunto dos aparatos da sociedade, muito mais do que a nossa intencionalidade de chegar ao outro e dizer alguma coisa. Ela é, hoje, prótese invisível do inconsciente. Ela é hoje modus vivendi. Muniz Sodré, professor da UFRJ, em um livro chamado Antropológica do Espelho, diz que comunicação é bios, gera hábitos. Então, ela faz parte e se beneficiou da quebra de paradigma, porque ela, a comunicação, desde os anos 1940, 1950, com a cibernética, acabou por se colocar como uma nova utopia. Ela se serviu do vazio deixado pelas utopias políticas e filosóficas, econômicas e religiosas, e ela se colocou como o novo religare, uma nova forma de articular a vida das pessoas. Hoje é preciso ter pela atendente bancária que haja um treinamento, de recursos humanos, para ela aprender a ter inteligencia emocional na situação de estresse e, ao mesmo tempo, sorrir. Porque isso é comunicação da marca, é comunicação da empresa. A comunicação se prevaleceu da crise de paradigma.

Íntegra da entrevista em PDF: Nassif

Brasil precisa investir em educação para crescer, diz expert

envio Octaviano Moniz (Salvador, Bahia)




O Brasil deveria seguir o exemplo da Coreia do Sul e investir em educação para crescer, disse o profesor de economia e ciências políticas da Universidade da Califórnia em Berkeley, Barry Eichengreen, em palestra nesta segunda-feira.
Em seminário promivido pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para discutir o Brasil e o mundo em 2022, Eichengreen afirmou que a Coreia do Sul conseguiu se desenvolver rapidamente focando principalmente na educação do seu povo e hoje exporta cada vez mais tecnologia.
"O Brasil precisa pensar na Coreia do Sul, pensar no que foi um sucesso para a Coreia do Sul, que foi o investimento em educação", afirmou.
Ele ressaltou que Brasil e a Índia poderão oferecer liquidez ao mercado internacional com suas moedas, já que o dólar vem perdendo força com as sucessivas crises econômicas e até o momento não se tem uma alternativa clara de quem irá substitui-lo.
"Daqui a dez ou 20 anos, o Brasil e a Índia poderiam ser os países a oferecer liquidez ao mundo", disse.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Campus Party Recife será boa oportunidade de empreender no Porto Digital

enviado por Octaviano Moniz* (Salvador, Bahia)


Porto Digital 


A Campus Party Recife será o lugar perfeito para jovens empreendedores que desejam criar uma startup. É que o Porto Digital, em parceria com o maior evento de tecnologia do
mundo, vai realizar diversas ações voltadas ao fomento do empreendedorismo em Pernambuco.


 




Uma das ações a ser realizada é a Campus MeetUp, cujo objetivo é reunir startups, investidores, fundadores e empresas para colocar em evidência, e de um jeito descontraído, o talento local através de duas grandes oportunidades, a Geeks on Campus e a Campus Beta.

Durante o Geeks on Campus, será realizada uma dinâmica bem conhecida, chamada de Speed Networking, onde as startups, 18 ao todo, terão cinco minutos diante de seis investidores para apresentarem seus projetos. O Porto Digital participará da comissão julgadora e poderá convidar algum projeto para participar dos seus programas de incubação. Para quem busca uma oportunidade para mostrar todo seu talento empreendedor, a competição é imperdível.

Já a Campus Beta, no dia 28 de julho, irá apresentar ao mercado as startups da região Nordeste. Cerca de 300 participantes e investidores poderão "apostar" em uma das oito startups selecionadas, usando uma ficha de pôquer. O Porto Digital participará do comitê de seleção que vai selecionar as oito startups. Além disso, o projeto eleito pelo público será convidado a participar dos programas de incubação do Porto Digital.

Outra iniciativa importante para os empreendedores locais será o Wayra, aceleradora Global de Startups digitais da Telefônica | Vivo e estará presente na Campus Party Recife com o Wayra Contest, que vai premiar ideias de negócios com base na Tecnologia da Informação e Comunicação desenvolvidas por jovens empreendedores. A equipe vencedora ganhará viagem de uma semana à academia Wayra, em São Paulo, onde poderá aperfeiçoar seu plano de negócios com empreendedores e investidores de mercado e, ao voltar, poderá participar dos programas de incubação do Porto Digital.



*Octaviano Moniz, da capital baiana para o cibermundo.


Facebook tem que comprovar a rentabilidade de seus anúncios

Saiu no Nassif

Do O Globo
Rede Social terá que provar a Wall Street sua rentabilidade em anúncios
Na corrida por dólares de publicidade digital, o Google foi o grande vencedor, graças à sua capacidade de personalizar anúncios com base no que o internauta procura. Mas o Facebook, que personaliza os anúncios com base em quem são os usuários e seus amigos, espera ser um competidor. Um teste importante sobre sua performance acontecerá na quinta-feira, 26 de julho, quando a rede social divulgará seus primeiros ganhos em números.

O Facebook fez sua oferta pública inicial em maio deste ano com uma valorização de saltar aos olhos, mas desde então, o preço das ações só despencou. A publicidade, em grande parte nos Estados Unidos, é responsável pela maior parte da receita da empresa e por isso, está sob intensa pressão para mostrar que está crescendo rápido o suficiente a ponto de justificar seu alto valor.

Em suma, para agradar Wall Street, o Facebook deve primeiro obter favores com a Madison Avenue, e está lutando para fazer exatamente isso.

"Os anunciantes precisam de mais uma prova de que a publicidade no Facebook oferece um retorno sobre o investimento", disse Debra Aho Williamson, analista da empresa de pesquisa de mercado eMarketer. "Não há discordância sobre se o Facebook é a próxima grande empresa na internet ou se ele vai falhar miseravelmente."

O recurso diferencial do Facebook é a pilha de dados pessoais que recolhe de 900 milhões de usuários. Mas usar esses dados em publicidade de modo rentável é uma tarefa assustadora. O Google tem sido o mais antigo player nesse mercado e tem cerca de US$ 40 bilhões em receita anual de publicidade — 10 vezes maior que o Facebook. Desde sua oferta pública, Wall Street tem temperado suas expectativas para a receita de publicidade do Facebook e as ações fecharam na última sexta-feira, 20 de julho, em US$ 28,76, uma queda no seu preço inicial de US$ 38.

Harvard para as massas

De Octaviano Moniz (Salvador,Bahia)


De todas as promessas de revolução, a da educação on-line está cada vez mais próxima.
E não sou eu quem diz isso. Mas o pessoal de Harvard, MIT, Princeton, Stanford. Essas e outras universidades americanas de excelência estão fazendo um movimento histórico de transferir seus cursos para plataformas digitais e oferecê-los para o mundo todo, boa parte deles, gratuitamente.

Você só precisa de duas coisas para acessar esses templos do ensino: falar inglês e ter uma conexão digital. São duas coisas que você já precisa "anyway".

Com o inglês e a conexão digital, você pode entrar nos sites coursera.org (para se inscrever em cursos gratuitos de Stanford, Princeton, Caltech, Rice, Johns Hopkins e outras universidades de ponta) ou edxonline.org (para cursos em Harvard e MIT) e escolher sua poltrona preferida para acompanhá-los.

Harvard e MIT começam a oferecer seus cursos no edX a partir de setembro e esperam educar nada menos de 1 bilhão de pessoas com seu serviço digital. Ou um em cada sete habitantes do planeta educados por Harvard ou pelo MIT. Isso não é uma revolução?
Essas universidades prometem uma nova experiência na educação on-line, com maior interatividade aluno-professor e um intenso "feedback" que possa ajudá-las a reprogramar seus currículos para a maciça audiência global.

Não sou um educador, mas, como embaixador da Unesco e membro do Todos pela Educação, sou um empregador comprometido com a educação. Vejo frequentemente no meu setor a necessidade de reformar o ensino para aproximá-lo do mercado de trabalho. A revolução da educação on-line pode ajudar muito nesse processo ao aproximar a educação das pessoas e as pessoas, da educação.

Um professor da Universidade de Michigan disse ao "New York Times" que estava animadíssimo porque 40 mil alunos do mundo todo tinham baixado o vídeo do seu curso, o que, nas contas, dele era uma audiência que só alcançaria em 200 anos de aulas tradicionais. A Coursera conseguiu 700 mil alunos on-line em poucas semanas de atividade.


Como tanta coisa nesta era da comunicação, este é um momento disruptivo na educação. E estamos vendo só o começo do começo. O diretor acadêmico de Harvard previu que daqui a cinco anos a educação on-line será completamente diferente do que temos hoje. O que não parece que vai mudar é a tendência de acesso cada vez maior, brutalmente maior, à educação via web.

Isso me anima vendo o mundo do Brasil.

Depois dos saltos que demos nas últimas duas décadas, fica claro que a maior carência do nosso país e o trampolim inescapável para o próximo salto de desenvolvimento é a educação.

Já temos uma mão de obra numerosa e fantástica. O brasileiro trabalha muito, é dedicado, empreendedor, criativo. Quem não conhece aquele camarada que tem dois, três empregos e vai firme para todos; ou aquele pequeno empreendedor, muitas vezes informal, se virando como pode, com uma flexibilidade aguda, natural e muito valiosa para os negócios.

O que falta a eles para o salto transformador é a educação. Esse empresariado emergente, com acesso à educação e às melhores práticas de gestão, levará a economia brasileira a outro patamar. Os cursos on-line são a forma mais rápida, barata e eficaz de fazê-lo.


Nossas universidades púbicas, que formam a elite do ensino brasileiro e já têm iniciativas no mundo on-line, poderiam radicalizar seu caráter público com cursos digitais gratuitos pela web para todo o país, eventualmente apoiados por corporações que tanto se beneficiarão da revolução da educação.

Vivemos uma nova era de grandes descobrimentos. O homem só descobriu que a Terra era azul ao sair do planeta. Educar-se é sair de si mesmo em busca de um conhecimento do mundo e das coisas. Essa viagem da educação é a viagem da sua vida. Você se descobre outro depois dela.

Nosso país se descobrirá de novo depois dela.

A diferença é que desta vez seremos nós a nos descobrir. Será a nossa verdadeira emancipação, a nossa emergência definitiva. 


Nizan Guanaes
Nizan Guanaespublicitário baiano, é dono do maior grupo publicitário do país, o ABC. Escreve às terças-feiras, a cada duas semanas, na versão impressa de "Mercado".

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mostra destaca nova produção do Nordeste

De Octaviano Moniz (Salvador, Bahia)

Saiu na Folha

23/07/2012 - 04h35

Mostra destaca nova produção do Nordeste

DE SÃO PAULO 

Uma pensão no largo Dois de Julho, em Salvador, abriga os travestis que fazem programa nas redondezas. Virgínia Medeiros mergulhou na história deles e montou um estúdio fotográfico em que retratou esses personagens em troca de suas histórias. 

Seus relatos em vídeo e contos que a artista escreveu estão agora numa exposição do Paço das Artes, "Metrô de Superfície", uma coletiva de artistas do Nordeste que despontaram na última década. 

Nesse recorte, a indefinição de gêneros surge como um denominador comum. "São artistas que reinventam a sexualidade, que criam grandes ficções", resume Clarissa Diniz, curadora da mostra. "Eles fazem trabalhos emancipadores, de grande fôlego, obras que explodem." 

Solange Tô Aberta, banda criada pelo artista Pedro Costa, também exalta a ideia de gêneros híbridos em letras de funk hedonistas e shows catárticos que faz pelo mundo. 

"Funk é uma forma livre de trabalhar com a música, falar dessa mulher que goza, não mais submissa", diz Costa num vídeo exibido no Paço. "As pessoas sofrem quando não estão enquadradas como macho ou como fêmea."





 Divulgação
      Obra de Amanda Melo, que está em mostra coletiva do Paço das Artes
Obra de Amanda Melo, que está em mostra coletiva do Paço das Artes
Obra de Amanda Melo, que está em mostra coletiva do Paço das Artes
Essa inquietação com o corpo também informa outros trabalhos da mostra. Rodrigo Braga simula uma cirurgia em que costura o focinho de um cachorro morto ao próprio rosto, com uma sequência fotográfica da operação. 

Noutra peça desconcertante, Solon Ribeiro projeta fotogramas de filmes clássicos sobre carcaças de bichos num matadouro e aparece dançando com pedaços de carne, uma "cena dionisíaca, violenta, que mistura sangue e morte", nas palavras de Diniz. 

Dor é outro ponto de partida. Amanda Melo faz uma performance em que cobre todo o corpo com fita isolante e caminha pelas ruas, arrancando depois o plástico num strip-tease às avessas -a imagem de uma sexualidade em construção. (Silas Martí)
 
METRÔ DE SUPERFÍCIE
QUANDO de ter. a sex., das 11h30 às 19h; sáb. e dom., das 12h30 às 17h30; até 13/9
ONDE Paço das Artes (av. da Universidade, 1, tel. 3814-4832)
QUANDO Grátis

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