sexta-feira, 17 de agosto de 2012

VI Seminário do Museu de Gastronomia da Bahia com Asdrubal Vieira Senra



"Nossas riquezas e possibilidades regionais sempre foram bastante valorizadas. O que ocorre é o desconhecimento sobre as opções e sabores em nível interregionais e o arraigado conceito de que o melhor, o mais adequado são as ocasiões festivas “finas”, é o que vem de fora (do Brasil), o exótico".

Asdrubal Vieira Senra

Aula de cozinha espanhola. Foto: Divulgação


Antonio Nelson


Farinha na Gastronomia Brasileira! Tema da explanção do pesquisador em cultura e alimentação brasileira, Asdrubal Vieira Senra, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahaia), que profere palestra no VI Seminário do Museu de Gastronomia da Bahia, dia 21, das 14:55h, no Teatro Sesc-Senac Pelourinho. A iscrição custa R$ 40. O pesquisador é prof. instrutor convidado da UNIVALI-SC. Além disso, Asdrubal atua como prof. de Cozinha brasileira, Cozinha latino-americana e Espanhola.

Seu lema é "uma mochila nas costas para descobrir os sabores no Barsil e do mundo". Carioca, já morou nas principais capitais do país. Com nome herdado do pai, de origem catalã, confira bate-papo com Asdrubal sobre os sabores do Brasil e os ícones da gastronomia universal de Asdrubal. Depois da entrevista, veja a programção do evento com oficinas e receitas inéditas!


Antonio Nelson – Professor de cozinha brasileira, latino-americana e espanhola. Pesquisador em cultura e alimentação brasileira. Como nasceu a paixão por este universo? Foi difícil esse caminhar?

Asdrubal Vieira – Desde menino vivenciei o ambiente das cozinhas, minha mãe já atuava na área e, nada mais inspirador que contemplar sair de suas mãos quitutes, bolos, doces sempre belos e saborosos. A cada festa que ela contratava, o elogio dos clientes funcionava como estímulo.

O caminhar pela gastronomia não foi difícil, pois o eterno aprender, o eterno crescer sempre me fez superar cada dificuldade surgida. Afinal, não se faz omelete sem quebrar os ovos. Concorda?

Antonio Nelson – O que mais lhe fascina em contato com hábitos alimentares tão diversos?

Asdrubal Vieira - É identificar nesses hábitos aquilo que há de comum entre eles. Ou seja, dentre as diversidades, descobrirem as similaridades tona-se bastante compensador, além do que através da comida passamos a conhecer o outro na sua história, sua cultura, sua identidade social etc.

Antonio Nelson – Quais são seus ícones da culinária brasileira e mundial?


Asdrubal Vieira – Se eu enumerasse todos que tenho inspiração talvez não terminasse a lista tão cedo. Mas, dentre os muitos, gostaria de citar no contexto da culinária brasileira, Neka Menna Barreto, Betina Orrico, Dadá e Flávia Quaresma como grandes damas da gastronomia no Brasil. Cada uma delas iluminando as cozinhas por onde passam. Há, ainda, outros mil, famosos ou não, que admiro profundamente.


Entre os estrangeiros, cito Susanna Palazuelos - na cozinha mexicana; Arzak e Santi Santa Maria – na cozinha espanhola, Yves Thuries e Bocuse – na cozinha francesa e o eterno, mas sempre presente, Scoffier.


Antonio Nelson – Ainda existe muito preconceito quando os jovens decidem seguir a carreira na cozinha?


Asdrubal Vieira – Não creio, pois hoje vivemos um momento muito consciente sobre as possibilidades de uma boa alimentação. Ao contrário da época em que comecei minha trajetória culinária, a gastronomia está na moda.


Antonio Nelson – O brasileiro tem aproveitado bem as riquezas regionais que tem?

Asdrubal Vieira – Aqui, cabe um adendo. Nossas riquezas e possibilidades regionais, sempre foram bastante valorizadas. O que ocorre é o desconhecimento sobre as opções e sabores em nível interregionais e o arraigado conceito de que o melhor, o mais adequado são as ocasiões festivas “finas”, é o que vem de fora (do Brasil), o exótico. Atualmente, temos assistido ao “fenômeno Brasil”, a valorização de nossos produtos, a aceitação pública dos sabores que nos identificam culturalmente aprisionada ao contexto regional ou local antigamente.

Antonio Nelson – Farinha na gastronomia brasileira. Existe alguma recomendação para não ingerir em determinada idade?

Asdrubal Vieira - Se seu médico não proibir, viva a farinha. Seja no pirão, no feijão, na farofa ou com rapadura a farinha pode nos acompanhar a vida inteira. Inclusive, a farinha permeia a história do nosso país desde antes da chegada dos portugueses.

Antonio Nelson – Bahia, Pernambuco, Alagoas, Piauí... Rio de Janeiro, Santa Catarina, Porto Velho etc. Pratos, sabores, e hábitos (Idiossincrasias) dos mais curiosos, uma longa vida para saborear?


Asdrubal Vieira – O que significa uma vida longa, se não for intensa? Para saborear o Brasil, não há vida longa o suficiente, mas que ela seja intensa enquanto existir (me desculpe o Vinicius pela liberdade de me aproveitar de sua citação sobre o amor)

Antonio Nelson – Quais são seus pratos preferidos?

Asdrubal Vieira – Pirarucu de casaca, vatapá, moqueca, salada de bacalhau e, mais importante arroz, feijão galinha assada, com gosto de mamãe, comida de casa, simples e cheia de amor.

 
Confira a programação do Seminário!

14h _ Abertura

14h15m _ Conferência:

v Farinha boa _ Prof. Joselito da Silva Motta – Engenheiro Agrônomo, Mestrado em Extensão Rural e Concentração em Transferência de Tecnologia, Pesquisador ‘Usos da Mandioca” da Embrapa. Desenvolve ações com a cultura da mandioca, com treinamentos para professores, técnicos brasileiros e da África de língua portuguesa, inglesa, francesa, Ásia e América.

14h55m _ Conferência:

v Farinha no prato _ Prof. Odilon Castro – Professor do Curso de Bachalerado em Gastronomia da UFBA, Ex-coordenador do Curso de Gastronomia da UNIFACS. Cozinheiro Profissional certificado pela ABNT. Mestre em alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição da UFBA. Especializado em Administração Hoteleira (UFBA / SENAC). Graduado em jornalismo (UFG).

v Farinha na Gastronomia Brasileira _ Prof. Asdrubal Vieira Senra, Professor da UFBA; Prof. Instrutor convidado da UNIVALI-SC, atua como prof. de Cozinha Brasileira, de Cozinha latino-americana e Espanhola; pesquisador em cultura e alimentação brasileira.

15h35m _ Intervalo:

v "Café com farinha"

16h15m _ Painel:

v participação dos alunos de gastronomia e nutrição. Coordenação Prof. Odilon Castro

17h30m _ Comunicados:

v Qualidade, identidade e notoriedade da farinha de mandioca de Nazaré das Farinhas: uma contribuição a indicação geográfica _ Profª. Drª. Janice Izabel Druzian – graduação em Química Industrial, mestrado em Química, e doutorado em Ciência de Alimentos pela UNICAMP. Atualmente é professora Associada I da UFBA na Faculdade de Farmácia. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Biotecnologia, e Proteção da Propriedade Intelectual (Patente e Indicação Geográfica).

v Salve a casa de farinha _ Fernanda Cabrini e Marcelo Terça-Nada (líderes do Slow Food na cidade do Salvador)

18h _ Debates

18h15m _ Encerramento

Programação das Oficinas

Farofas e Pirões

Dia: 23/08/2012

Oficina I:

Horário: de 13h às 16h

· Farofa de Sabiá

Histórico da farofa / procedência: feita com leite, cebola, pimentão, pimenta malagueta, carne seca assada.

· Pirão de Leite com Queijo Coalho

Histórico da farofa / procedência: típico do nordeste, feito com leite, manteiga de garrafa e pedaços de queijo coalho. Serve-se com carne do sol assada na brasa.

· Paçoca de Carne Seca

Histórico da farofa / procedência: carne do sol assada, moída no pilão junto com a farinha.


Oficina II:

Horário: de 16h30 às 19h30

· Paçoca da Vovó

Histórico da farofa / procedência: feito com tapioca, coco ralado e açúcar. Assada no forno.

· Pirão Praieiro (com caldo de peixe)

Histórico do pirão / procedência: feito com caldo e pedaços de peixe.

· Farofa Oswaldo Aranha

Histórico da farofa/ procedência: conhecida como uma farofa especial, aonde se usa materiais variados como arroz, batatas fritas, bacon, banana e ovos.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Gastronomia brasileira com Odilon Castro

VI Seminário do Museu de Gastronomia da Bahia 

Foto: Divulgação



ENTREVISTA


O professor Odilon Castro é bacharel em Gastronomia pela UFBA (Universidade Federal da Bahia). Mestre em alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição da UFBA. Cozinheiro profissional com certificação pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Além disso, Odilon tem especialização em Administração Hoteleira (UFBA/ SENAC) e graduação em jornalismo UFG (Universidade Federal de Goiás). 

Odilon está entre os principais expositores do VI Seminário do Museu de Gastronomia da Bahia com o tema " Farinha de Mandioca: cultura e gastronomia", a partir de 21 de agosto, das 14 às 18:15h, no Teatro Sesc-Senac Pelourinho.

De Norte a Sul, do litoral ao sertão do Brasil. Na programação abaixo, após o bate-papo, confira "os segredos da farofa e do pirão" e outras receitas!

Antonio Nelson – Farinha no prato é o tema da sua explanação neste VI Seminário do Museu de Gastronomia da Bahia, com o tema “Farinha de Mandioca: cultura e gastronomia”. Existe um sabor inédito ao tratar deste prato?

Odilon Castro - O que há de inédito é o reconhecimento da importância da farinha de mandioca na cultura gastronômica brasileira. O objetivo do Seminário é abrir espaço para a gastronomia brasileira, e, nesse caso, mostrar um ingrediente que faz parte no comer diário, mas passa despercebido dos nossos olhares. O Seminário tem o mérito de provocar a discussão sobre nossas raízes gastronômicas mais populares.
Antonio Nelson – Como professor do curso de gastronomia de UFBA, mestre em alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição da mesma universidade, além de cozinheiro profissional certificado pela ABNT, o senhor percebe muitos potencias criativos no Estado? 

Odilon Castro – Acredito tanto na preservação da culinária regional quanto na sua inventividade. Ou seja, temos o dever de preservar os rituais gastronômicos, mas nada impede de aprofundarmos e irmos além no uso das técnicas gastronômicas e ingredientes. Acho que a Bahia tem potencial para a criação, temos alguns cozinheiros que já trabalham nessa perspectiva, mas acho que podemos fazer muito mais. 

Antonio Nelson – Falta marcado para esses jovens profissionais? É preciso migrar para outras capitais?

Odilon Castro –  O que falta no mercado é profissional competente. Ainda hoje os grandes hotéis e restaurantes "importam" cozinheiros de fora para cargos de chefia aqui na Bahia. O que precisamos é ocupar esses cargos com competência.

Antonio Nelson – O brasileiro tem se alimentado melhor? Tem feito uma reeducação alimentar?


Odilon Castro -
Não tenho dados sobre a alimentação brasileira nos dias atuais, mas minha visão é a de duas vertentes: uma que prefere a comida barata e saturada em açúcar, gordura e sal dos "fast food" e comida industrializada, e outra que relaciona a comida à saúde, preferindo alimentos frescos e dieta balanceada. Infelizmente essa última vertente ainda é muito pequena em detrimento da primeira que cresce assustadoramente.

Antonio Nelson – O senhor também é graduado em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Qual sua análise do conteúdo jornalístico sobre gastronomia no Brasil?

Odilon Castro – Temos algumas boas revistas especializadas e também alguns cadernos em jornais de circulação nacional. Sinto falta de estudos científicos sobre gastronomia, mas espero que formação acadêmica em gastronomia comece a produzir publicações com essa base científica.

Antonio Nelson – A indústria de alimentos tem tido os devidos cuidados necessários para o bem-estar do ser humano? Quais contradições que lhe impactam ao longo da sua carreira?

Odilon Castro - É uma pergunta difícil de responder. Espera-se que a indústria alimentícia siga regras que contemplem a saúde da população. Estamos sempre sendo surpeendidos co informações conflitantes como: o consumo de café, chocolate, ovo, carne vermelha etc. Lembro que cerca de dez anos atrás o uso da gordura hidrogenada era festejada como a melhor para o processo de fritura e agora é condenada.
Antonio Nelson – “Farofa de sabiá”, “paçoca de vovó” e “farofa Oswaldo Aranha”. Quais as receitas delas, riqueza nutricional; em qual circunstância adequada podem comer? Os nomes remetem a um contexto histórico?

Odilon Castro - Essas receitas são clássicas de diversas regiões do Brasil. São sugestões do curado do Museu de Gastronomia do SENAC e organizador do Seminário. Elas serão apresentadas e interpretadas por cozinheiros do SENAC durante as oficinas do Seminário.

Antonio Nelson – Quais são seus pratos preferidos? Por quê?

Odilon Castro - Sou devoto das culinárias regionais, sejam elas nacionais ou internacionais. Portanto, me delicio com feijoadas, maniçobas, galinhadas, pirões, ou então massas italianas, risotos, ou a ainda a cozinha oriental. Também me encho de prazer com um simples e bem feito cachorro-quente. Enfim, muito do meu gostar vem das memórias e experiências na vida. As culinárias internacionais eu aprendi a gostar mais recentemente, a partir da minha profissionalização na gastronomia. Continuo na busca pelo aprendizado do comer. 
Antonio Nelson – Café com farinha! É possível?

Odilon Castro - Tudo é possível! Essa mistura é muito utilizada pelo Brasil. Lembro-me de um refresco de infância que era rapadura, farinha e água gelada. Muito bom.

Antonio Nelson – Quais as perspectivas para os próximos cinco anos?

Odilon Castro - Difícil de arriscar qualquer palpite. As comunicações estão cada vez mais rápidas e podemos cair no risco de uma globalização alimentar indesejável. Ou então poderá haver também resistência à essa globalização e luta pela preservação das culinárias regionais, movimento este o qual sou adepto sem radicalismos. 


Confira a programação do Seminário!

  14h _ Abertura
  14h15m _ Conferência:
v  Farinha boa _ Prof. Joselito da Silva Motta – Engenheiro Agrônomo, Mestrado em Extensão Rural e Concentração em Transferência de Tecnologia, Pesquisador ‘Usos da Mandioca” da Embrapa. Desenvolve ações com a cultura da mandioca, com treinamentos para professores, técnicos brasileiros e da África de língua portuguesa, inglesa, francesa, Ásia e América.
 14h55m _ Conferência:
v  Farinha no prato _ Prof. Odilon Castro – Professor do Curso de Bachalerado em Gastronomia da UFBA, Ex-coordenador do Curso de Gastronomia da UNIFACS. Cozinheiro Profissional certificado pela ABNT. Mestre em alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição da UFBA. Especializado em Administração Hoteleira (UFBA / SENAC). Graduado em jornalismo (UFG). 
v  Farinha na Gastronomia Brasileira _ Prof. Asdrubal Vieira Senra, Professor da UFBA; Prof. Instrutor convidado da UNIVALI-SC, atua como prof. de Cozinha Brasileira, de Cozinha latino-americana e Espanhola; pesquisador em cultura e alimentação brasileira.
 15h35m _ Intervalo:
v  "Café com farinha"
 16h15m _ Painel:
v  participação dos alunos de gastronomia e nutrição. Coordenação Prof. Odilon Castro
 17h30m _ Comunicados:
v  Qualidade, identidade e notoriedade da farinha de mandioca de Nazaré das Farinhas: uma contribuição a indicação geográfica _ Profª. Drª. Janice Izabel Druzian – graduação em Química Industrial, mestrado em Química, e doutorado em Ciência de Alimentos pela UNICAMP. Atualmente é professora Associada I da UFBA  na Faculdade de Farmácia. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Biotecnologia, e Proteção da Propriedade Intelectual (Patente e Indicação Geográfica).
v  Salve a casa de farinha _ Fernanda Cabrini  e Marcelo Terça-Nada (líderes  do Slow Food na cidade do Salvador)  
 18h _ Debates
 18h15m _ Encerramento

Programação das Oficinas
Farofas e Pirões
Dia: 23/08/2012
Oficina I:
Horário: de 13h às 16h
· Farofa de Sabiá
Histórico da farofa / procedência: feita com leite, cebola, pimentão, pimenta malagueta, carne seca assada.
· Pirão de Leite com Queijo Coalho
Histórico da farofa / procedência: típico do nordeste, feito com leite, manteiga de garrafa e pedaços de queijo coalho. Serve-se com carne do sol assada na brasa.
· Paçoca de Carne Seca
Histórico da farofa / procedência: carne do sol assada, moída no pilão junto com a farinha.

Oficina II:
Horário: de 16h30 às 19h30
· Paçoca da Vovó
Histórico da farofa / procedência: feito com tapioca, coco ralado e açúcar. Assada no forno.
· Pirão Praieiro (com caldo de peixe)
Histórico do pirão / procedência: feito com caldo e pedaços de peixe.
· Farofa Oswaldo Aranha
Histórico da farofa/ procedência: conhecida como uma farofa especial, aonde se usa materiais variados como arroz, batatas fritas, bacon, banana e ovos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uirapuru baiano, o médium Divaldo Franco, celebra 60 anos da Mansão do Caminho



15º Movimento Você e Paz em prol da Campanha da Gentileza


Por Antonio Nelson


A doutrina e o movimento Espírita, especialmente no Brasil, festejam momento especial neste ano.  Uirapuru baiano, Divaldo Franco, 85 anos, ao lado de Nilson Pereira de Souza (Tio Nilson), 88 anos, fundadores da Mansão do Caminho, comemoram 60 anos de existência da Obra Social Mansão do Caminho, quarta-feira, 15 de agosto de 2012, a partir das 8:30 h, no bairro do Pau da Lima, na cidade do Salvador, Bahia.

Entre as principais solenidades estão o desfile da banda marcial da Escola Militar da capital baiana, que tocará o Hino Nacional e o da Mansão do Caminho, na Rua Allan Kardec, localizada na instituição, e a inauguração do Museu da Imagem e do Som, com acervo exclusivo sobre Chico Xavier, e o codificador da Doutrina Espírita – Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizar Rivail). Além disso, haverá oficinas de violão, violoncelo, flauta doce, canto coral, pintura, corte e costura, além da apresentação de balé e teatro, coordenados pelo Centro de Artes Ana Franco, de acordo com Clese Cerqueira, coordenadora de educação.

Espíritas, voluntários, colaboradores, simpatizantes, não espíritas, convidados, estudantes das Escolas Jesus Cristo, Allan Kardec, Alvorada Nova e pré-escola, funcionários dos departamentos com Centro de Saúde, Gráfica Alvorada e outros estão presentes.

CAMPANHA DA GENTILEZA – Desde a última quinzena de julho, durante reuniões doutrinárias, do Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), Divaldo iniciou a Campanha da Gentileza, tema principal do 15º Movimento Você e a Paz 2012. Em suas explanações, Divaldo tem enfatizado sobre a importância de atitudes gentis para consigo e o próximo, que resultarão na paz pessoal e mundial.

UIRAPURU – O “título” de uirapuru baiano, de acordo com meu póstumo e querido pai, Antonio Martins, foi dado pelos recifenses, na década de 1930, ao orador espírita quando era jovem, em referência ao pássaro da Amazônia que têm o canto peculiar e faz a natureza silenciar. Os espíritas da capital pernambucana asseveram que quando Divaldo realiza explanações sobre Jesus, ciência, filosofia e religião, todos fazem silêncio para escutá-lo como também se faz em relação ao citado pássaro ao se expressar pelo belo canto. 



terça-feira, 31 de julho de 2012

Último dia da Campus Party Recife


9h30 – Oficina Introdução ao software livre: conhecendo Linux Ubuntu – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

10h – Palestra Empresas de base tecnológica: como funciona o sistema de incubação do ITEP – Geraldo Magela/INCUBATEP


10h30 – Oficina Artes gráficas (edição de imagens com software livre – Gimp) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos


11h30 – Oficina Artes gráficas (edição vetorial com software livre – Inkscape) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

12h00
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

15h
– Oficina Multimídia (edição de vídeos usando Open Shot) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

16h30
– Oficina de robótica – Secretaria de Educação

17h
– Oficina Multimídia (edição de áudio usando Audacity) – Centro Tecnológico de Cultura Digital Nascedouro de Peixinhos

A mãe de toda corrupção

Coluna Econômica

Deixo de lado, por um dia, a série sobre modelos de desenvolvimento, para falar de tema central, no combate à corrupção no país: o financiamento privado de campanha.
Nos próximos dias começará o julgamento do “mensalão” – o sistema de financiamento de campanha do PT e partidos aliados, denunciado por Roberto Jefferson. Não há provas de que tenha sido um pagamento mensal por compra de apoio. É mais o apoio financeiro às campanhas políticas de aliados.
Mesmo assim, não deve ser minimizado, desde que se entenda que é algo que ocorre com todos os partidos e todas instâncias de poder.
***
O país avançou enormemente na luta contra a corrupção. Dispõe de um conjunto de organismos funcionando, como o TCU(Tribunal de Contas da União), a AGU (Advocacia Geral da União), o Ministério Público, a Polícia Federal. E, agora, a Lei de Transparência, obrigando todos os entes públicos a disponibilizarem suas informações na Internet.
***
Mas o ponto central de corrupção – o financiamento privado de campanha – continua intocado.
Por que ele tem essa importância?
O primeiro círculo de controle da corrupção é do próprio partido. São políticos vigiando correligionários.
Com o financiamento público de campanha e o Caixa 2, a contabilidade vai para o vinagre. É impossível controlar o que vai para o partido ou para o bolso dos que controlam as finanças partidárias.
***
O mesmo ocorre na administração pública. A sucessão de convênios firmados por Ministérios com ONGs aliadas é efeito direto desse modelo.
Mas não apenas isso. Tome-se o responsável pela aprovação de plantas na Prefeitura de São Paulo. Durante anos e anos prevaricou. Para tanto, desobedecia as posturas municipais. Por que não foi denunciado por subordinados? Justamente por não saber se era iniciativa pessoal sua ou a mando do seu chefe, ou do chefe do chefe. Tudo isso devido ao financiamento privado de campanha.
***
Essa prática nefasta acabou legitimando (embora não legalizando) vários tipos de golpe em todas as instâncias administrativas, em todos os quadros partidários.
Liquidou não apenas com a ética partidária mas com a própria democracia interna dos partidos. Na composição dos candidatos ao legislativo, tem preferência quem tem acesso a financiadores de campanha. E a conta será cobrada depois.
***
Os desdobramentos se dão não apenas no âmbito da política, mas do próprio crime organizado.
A falta de regras faz com que pululem irregularidades em todos os cantos – desde meros problemas administrativos até escândalos graúdos.
Em parceria com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, por exemplo, a revista Veja montou uma verdadeira máquina de arapongagem em Brasilia, que servia não apenas para vender mais revista, criar mais intimidação, como para outros objetivos ainda não completamente esclarecidos.
Em muitos casos, levantavam-se escândalos com o único propósito de afastar quadrilhas adversárias de Cachoeira.
As revelações de ontem – do portal G1, da Globo – de que a namorada de Cachoeira chantageou um juiz (dizendo que tinha encomendado um dossiê para Veja) é demonstração cabal de como a corrupção entrou em todos os poros da vida nacional.

'Preparados para a nova realidade?', pergunta vice-presidente do Facebook

Executivo da maior rede social do mundo esteve na Campus Party Recife. Alexandre Hohagen falou sobre a revolução do marketing de influência.

 

 

Grande destaque na Campus Party Recife neste sábado (28), Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina, trouxe em sua palestra um tom de proximidade e vontade de dialogar com as regiões menos favorecidas economicamente, como é o caso do Nordeste. Por cerca de 45 minutos, ele explicou ao público, formado em sua maioria por jovens com menos de 25 anos, por que a cultura empresarial do Facebook é um case de sucesso nos dias atuais.|
"Não temos muitos níveis hierárquicos, estimulamos a reflexão e a capacidade das pessoas pensarem juntas. No meu time, por exemplo, todos podem questionar. Temos uma cultura informal, despojada". Essa afirmação traduz o espírito da maior rede social do mundo, que já possui cerca de 955 milhões de usuários. O compartilhamento de ideias e fotos, feito que tornou possível fazer do Facebook uma base de dados diferente de todas as outras já existentes, esteve presente no espírito da palestra.
'Fail harder'
Para o Facebook, alguns preceitos são fundamentais: "done is better than perfect" (feito é melhor do que perfeito, ou seja, é melhor sempre entregar mesmo que não esteja de acordo com as suas expectativas); "move fast and break things" (mova-se rápido e quebre coisas ou parâmetros), além do "fail harder" (erre feio). Há 15 anos, esses preceitos seriam inimagináveis no mundo corporativo.
Hohagen mostrou que existem três plataformas da empresa como empreendimento: as páginas, os anúncios e as plataformas. O publicitário-marketeiro-jornalista também falou da evolução do marketing e da comunicação. "Há 15 anos, ele [o marketing] era feito em 180 graus. Depois, passou para 360 graus. Agora, ele tem de ser feito durante 365 dias por ano. Este conceito de agências em 360 graus é o menos importante. O que não pode faltar é iniciar e manter uma conversa com as pessoas 365 dias ao ano".
O executivo também explicou o conceito de sociedade da informação instantânea e que, nela, a tecnologia está mudando, mas o comportamento humano, não. Ele destacou ainda a importância das redes sociais nas estratégias de marketing e relações-públicas das empresas. Falou da indústria de games e o seu desenvolvimento pelo conceito do "social by design". "Há uma mudança na forma de se comunicar nesta geração, que deixou de ser linear. Destaco ainda que hoje existe a capacidade e o poder de armazenamento de dados, além da conectividade. Isso mudou tudo", afirmou.
Atualmente, a rede social possui 955 milhões de usuários, dos quais 540 milhões acessam o Facebook via celulares, smartphones e tablets. Além disso, 550 milhões dessas pessoas acessam o FB todos os dias. Hohagen finalizou a palestra questionando: "o mundo está mudando e mudando muito rapidamente, mas o comportamento humano, não. Vocês estão preparados para esta nova realidade?".
'Acredito no Recife'
Em entrevista ao G1, o executivo comentou a realização de um evento como a Campus Party fora do eixo Rio-SP. "Eu acho sensacional a experiência dessa descentralização. Recife é um polo de tecnologia no País. A importância de vir aqui e compartilhar a minha experiência é profissional e há uma satisfação pessoal nisso também. Gostaria de influenciar as grandes empresas do eixo Rio-SP para vir aqui também. Acredito no Recife. Conheço o trabalho do C.E.S.A.R e acho que está na hora de dar espaço às pessoas daqui focadas em desenvolvimento".
Perguntado sobre o que seria necessário para quem está começando e deseja trabalhar com redes sociais, Hohagen ressaltou a importância de saber o que se quer. "Pensar sobre isso é uma coisa que a gente faz pouco. Nos EUA e na Europa, há uma cultura de orientar melhor os jovens para saber quais são as suas reais habilidades. Além disso, o conceito de empresa mudou. Não existem mais os níveis hierárquicos. Algumas pesquisas apontam que o que as pessoas consideram essencial hoje em dia é o ambiente de trabalho e a capacidade de inovar dentro das companhias", finalizou.
Formado em Jornalismo e Publicidade, com mestrado em Recursos Humanos, Alexandre Hohagen começou a carreira em 1987, na área de comunicação e marketing da Dow Chemical Company, onde passou de estagiário a gerente de relações públicas para a América Latina. Em seguida, assumiu cargos de liderança em multinacionais como a Boehringer Ingelheim e do ABN Anro Bank. Em 200, ingressou no UOL (Universo Online), trabalhando em diversas funções, como chefe de vendas globais nos EUA e vice-presidente de publicidade e e-commerce. Depois, tornou-se gerente geral da HBO no Brasil, onde liderou as operações de vendas de publicidade em canais premium. Em 2005, foi convidado a implementar o Google no Brasil, como gerente geral da companhia.
A trajetória em uma das gigantes da tecnologia decolou em 2008, quando foi nomeado diretor geral para a América Latina, operação que envolvia mais de 20 países e escritórios na Argentina, Brasil, Chile, Colômia, Peru e México. Desde fevereiro de 2011, é o vice-presidente do Facebook na América Latina e responsável pela implementação da empresa na região.

via: g1pe

Os artigos assinados não representam necessáriamente a opinião do Sentinelas da Liberdade. São da inteira responsabilidade dos signatários. Sentinelas da Liberdade é uma tribuna livre, acessível a todos os interessados.