sexta-feira, 6 de julho de 2012

Safra terá maior perda no Rio Grande do Norte


Por Renata Moura - editora de Economia

Dados divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmam o Rio Grande do Norte como o estado com a maior perda de área plantada e de produção de grãos do país, na safra 2011/2012. Os dados mostram queda de 87,4% na área e de 89,9% na produção, fortemente atingida pela seca.
Júnior SantosProdução de milho no interior potiguar: a cultura foi uma das que mais sentiram os efeitos da secaProdução de milho no interior potiguar: a cultura foi uma das que mais sentiram os efeitos da seca

O levantamento traça um quadro praticamente inalterado em relação ao divulgado em junho, mas mais definitivo, diz o analista de Mercado de Produtos Agrícolas da Conab RN, Luís Gonzaga Costa. Ele explica que nas principais regiões produtores do estado, com destaque para o Alto Oeste, não há previsão de chuvas nem de melhoria no cenário.

No litoral leste - que engloba municípios como São José de Mipibu e Nova Cruz - culturas como as do milho e do feijão podem, entretanto, experimentar crescimento porque o período chuvoso é mais tarde e, além disso, há lavouras irrigadas.

PREJUÍZO

Crescimento é, entretanto, uma exceção na safra, cujo plantio já foi encerrado e cuja colheita se estende até outubro.

No caso do Rio Grande do Norte, estima-se uma perda de 89,6% na produção de feijão e de 91,9% no milho. As culturas de algodão e sorgo também registram recuo superior a 80%. No caso do girassol, a perda de produção chega a 100%, assim como para a mamona.

Entre os produtos selecionados no levantamento, o arroz aparece como o menos afetado: com redução de 27,3% na área - a segunda maior queda do Nordeste -  e de 30,3% na produção.

A forte estiagem registrada na região do semiárido nordestino é apontada como responsável pelos prejuízos que também são registrados em outros estados.

Eledon Pereira de Oliveira, técnico da área de avaliação de safras da Conab Nacional, explica, entretanto, que "a situação climática no RN foi mais adversa e que a área em que está chovendo é bem menor do que em outros estados". Esses dois fatores levaram o Rio Grande do Norte a registrar perdas mais expressivas.

"O estado foi todo prejudicado. A produção é muito pequena no litoral. A faixa seca foi muito prejudicada", disse ele. "Vamos torcer para que as condições no próximo ano sejam mais favoráveis", acrescentou ainda.

O levantamento da Conab inclui todos os estados da federação e foi realizado no período de 19 a 22 de junho.

Com produção menor, Estado recorre a programas de Governo

Como a produção do Rio Grande do Norte é insuficiente para atender a demanda, mesmo em anos normais de safra, as perdas de produção obrigam o estado a comprar produtos em outros mercados, em maiores quantidades. E a recorrer a programas governamentais.

O milho é um dos produtos que  retratam essa realidade. De acordo com o analista da Conab, Luís Gonzaga Costa, o Rio Grande do Norte tem um consumo estimado de 170 mil toneladas do produto e normalmente produz 55 mil toneladas. Este ano, a produção caiu para cerca de 4 mil toneladas.

Maior consumidora de milho no estado, a pecuária - incluindo avicultura, bovinocultura, caprinocultura e suinocultura - supre o déficit com a ajuda de programas governamentais como a venda em balcão para pequenos criadores. Por meio desse instrumento, eles têm direito a comprar cotas de milho a preços subsidiados. Os grandes criadores, por sua vez, participam de leilões para comprar o produto.

A seca também afetou pastos para alimentação dos rebanhos e outras culturas de sequeiro, como a de castanha - que vai ser colhida entre os meses de setembro e outubro. "A escassez de água foi sentida pelos cajueiros e a tendência é de quebra da produtividade", diz Gonzaga, da Conab.

Parque Tecnológico da Bahia vai sediar a final regional do Desafio Brasil


Inscrições para o prêmio vão até o dia 9 de julho no site www.desafiobr.com.br


Por Daniela Biscarde*

O Parque Tecnológico da Bahia, localizado na Avenida Paralela, em Salvador, será palco da final regional do Desafio Brasil, programa de fomento à inovação tecnológica voltado a empreendedores que buscam caminhos para executar ideias de negócio inovadoras. A final será dia 6 de setembro e as inscrições estão abertas até o próximo dia 9 de julho no site www.desafiobr.com.br.

Nas finais estaduais os classificados irão efetuar a sua apresentação para uma banca de avaliação e as empresas mais bem colocadas terão as passagens e hospedagens de dois de seus componentes pagas para participarem da Feedback Sessions, Semifinal e Final Nacional em São Paulo, bem como terão oportunidade de participar da iniciativa Meet the Venture Capitalist.

De acordo com o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação Paulo Câmera, a escolha do Parque Tecnológico para a final regional do Desafio Brasil foi bastante oportuna, na medida em que a cada dia que passa o empreendimento vai se tornando referência em pesquisa e desenvolvimento no estado. “As empresas da incubadora já estão se instalando no Tecnocentro, prédio central do Parque, assim como as demais que fazem parte dessa primeira etapa, como IBM, Sábia Experience, Portugal Telecom e Indra Brasil”, destaca o secretário, lembrando que os recursos para a segunda etapa já estão assegurados e que as obras começam ainda este ano.

O Desafio Brasil é coordenado pelo GVcepe (Centro de Estudos em Private Equity & Venture Capital da Fundação Getúlio Vargas) e conta com mais de 80 parceiros, alcançando todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. A competição é composta por etapas nacionais e internacionais e promove oportunidades de network com investidores e processo de formação executiva para seus empreendedores. Além disso, a competição oferece premiações em dinheiro e benefícios que abarcam consultorias estratégicas e jurídicas, recursos financeiros, passagens e hospedagens custeadas, vagas em competições internacionais e programas de aceleração no Vale do Silício – Califórnia (EUA).

A Final Nacional ocorrerá durante o mês de outubro, na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (EAESP), e reunirá as empresas mais promissoras do Brasil para se apresentarem a uma banca de avaliação formada por profissionais renomados. A primeira colocada vai ganhar uma vaga para participação no Intel Global Challenge at UC Berkeley, na Califórnia, com passagens e hospedagens pagas; assessoria Jurídica no valor de R$ 30 mil da Derraik & Menezes Advogados e R$ 6 mil em espécie.

*Daniela Biscarde é assessora de comunicação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI/BA).

Principal cabo eleitoral de Marcio Lacerda, Aécio Neves ataca nacionalização da campanha


Senador tucano justifica que Minas rejeita intervenção
Juliana Cipriani

 (Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Principal cabo eleitoral da campanha do prefeito Marcio Lacerda (PSB) à reeleição, o senador Aécio Neves (PSDB) pregou ontem a municipalização da disputa e afirmou que o PT tem, no seu DNA, a priorização de preocupações partidárias sobre o interesse público. “Aqui não é uma capitania de terceira linha, aqui é o estado de Minas Gerais”, disse em entrevista ao Estado de Minas. O tucano acredita que a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha adversária não será decisiva na escolha do prefeito da capital e lembra que a aliança PT-PMDB foi derrotada na disputa ao governo do estado em 2010, quando foi escolhido o tucano Antonio Anastasia. Segundo ele, o PT precisará construir outro discurso, já que, até sábado passado, havia decidido permanecer na aliança com Lacerda. Na avaliação do tucano, a disputa de outubro não terá impacto nas eleições presidenciais de 2014, quando Aécio se apresenta como potencial candidato.


O mote da campanha vai ser o combate à nacionalização?

As eleições municipais devem tratar dos temas municipais, prioritariamente pelo menos. Estou muito tranquilo porque nossa construção, que tem hoje 18 partidos, foi feita toda em Minas. Não precisamos pedir autorização de nenhuma outra parte do país. Isso nos dá legitimidade para construir aqui o nosso discurso. Os nossos adversários vão ter de construir outro porque até as 11h de sábado diziam que o Marcio era o melhor prefeito do Brasil. De uma hora para outra, porque seus caprichos não foram atendidos, ele deixa de ser. Minas rejeita esse tipo de intervenção externa. Aqui não é uma capitania de terceira linha, aqui é o estado de Minas Gerais, com tradição, com história e que tem brio, cultua seus valores. Então, estou muito confiante que o prefeito Marcio vai se identificar muito com a população de Belo Horizonte por ter sua candidatura legitimada aqui em Minas e não fora.

O senhor acha que a negativa da coligação do PSB com o PT para a eleição proporcional foi o real motivo dos petistas para o rompimento ou haveria outro?

É uma bobagem, uma coisa menor. O PT tem no seu DNA esse problema: sempre prioriza o partido, o interesse público vem em segundo plano. Foi assim ao longo da história, na eleição de Tancredo quando se negaram a dar o voto a ele quando o país queria isso, no Plano Real, quando votou contra a estabilidade econômica, pensando que perderia a eleição presidencial. Em BH, em nenhum momento o PT parou para pensar: será que é melhor eleger pelo menos dois vereadores e continuar ajudando a cidade a avançar já que participam desta administração ou fortalecer a legenda e desprezar o interesse da cidade? Prevaleceu para o PT o interesse do partido.

O senhor fala da incoerência do PT, que até ontem apoiava o Marcio e foi para o lado contrário. E o vice de Marcio Lacerda, Délio Malheiros (PV),que vinha se apresentando como nome de oposição? Não temem que isso possa ser usado pelos adversários?


Não sei, não acompanho tão de perto as críticas ao Délio. Sei que é um homem aqui de Minas, que tinha uma posição mais crítica em relação à Prefeitura e muito crítica em relação às administrações petistas anteriores. Ele ataca o aparelhamento da prefeitura, falou hoje em 20 mil cargos sem concurso público, então, tem uma contribuição a dar e isso é bom na política. O que ele percebeu foi que, no momento em que há uma interferência nacional para construir uma chapa do lado de lá e a eleição se polariza deste jeito, o seu espaço foi estreitado. Fez uma negociação política absolutamente legítima. Vai trazer senso crítico à prefeitura e isso é sempre muito bom.

Chegou a ser dito que o senhor estaria patrocinando ou incentivando outras candidaturas, algumas delas que acabaram se unindo a Marcio Lacerda agora. O senhor confirma?

Não tutelo ninguém. A presidente Dilma tinha aqui vários partidos da base dela com candidaturas diferentes, como eu tinha também partidos ligados a nós com candidaturas diferentes, que achavam que havia espaço no momento que só havia uma consolidada, a do Marcio. Eles fizeram uma avaliação de que, diante da polarização, esse espaço deixou de existir. A minha participação desde o início do processo de indicação do Marcio foi de absoluta solidariedade minha e do PSDB. Ao contrário do PT que, mesmo tendo uma parcela comandada pelo ministro Fernando Pimentel apoiando o Marcio, tem outra que não o tinha apoiado durante a campanha e uma terceira que durante todo o mandato atuou contra, liderada pelo vice-prefeito Roberto Carvalho.

Foi preciso uma restruturação da campanha em função da escolha de Patrus Ananias para disputar. Ele é o pior adversário?

Em eleição, a gente não pode escolher adversário, tem que estar preparado para a disputa política. O que posso dizer é que está sendo reeditada a disputa de 2010, com os mesmos contornos: uma aliança do PT e do PMDB com o apoio da presidente da República e do Lula, e uma candidatura construída em Belo Horizonte com o apoio das nossas forças políticas. Não sei qual será o resultado futuro, mas na última, esse conjunto de forças não foi feliz.

E como pretendem combater a participação do ex-presidente Lula na campanha, que promete ser intensa?

Acho legítimo que ele participe. Disse na eleição passada e vou repetir: o mineiro tradicionalmente recebe muito bem quem nos visita, mas nós costumamos decidir nós mesmos nosso destino e vimos isso na eleição de 2010.

Qual vai ser o papel do senhor na campanha?

Me coloquei à disposição do Marcio, a nossa estratégia vai ser sempre falar de Belo Horizonte e dos problemas reais da cidade. Vamos deixar essa tentativa de nacionalizar a campanha para aqueles que já iniciaram esse processo com as intervenções externas que foram feitas para construir uma chapa.

Festival de Inverno de Garanhuns 2012 apresenta músicos consagrados


Orquestra Popular da Bomba do Hemetério - Foto: Beto Figueiroa


Por Antonio Nelson


É no Planalto da Borborema, à 230 km do Recife, que começa o  festival de Inverno de Garanhuns (FIG)! Na 22ª edição, o evento acontece entre os dias 12 e 21 de julho, com 12 polos apresentando artistas consagrados como Silvério Pessoa, Dominguinhos, Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, Academia da Berlinda, Siba, Di Melo e Madeira Delay, China, Lula Queiroga, Lenine, Lúcio Maia – Maquinado, Zizi Possi, Alcione, Jorge Vercillo etc.

Além disso, oficinas, debates, econtros e palestras estão entre as prinicipais atrações. Temas como sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade serão abordados. O FIG  presta homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga (1912-1989), o “Pernambucano do século”, e conta A família do Rei do Baião. Mais de 300 nomes da música, que também foram selecionados através de convocação pública estão no FIG.
Em 10 dias, os bens simbólicos da cultura pernambucana como literatura, dança, circo, teatro, cultura popular, cinema, música etc. estão no calendário cultural do FIG. 


Confira programação:

MÚSICA

PALCO GUADALAJARA


Quinta-feira, 12 de julho
20h30 – Mourinha do Forró
21h30 – Família Gonzaga
22h30 – Elba Ramalho
23h30 – Dominguinhos
00h30 – Projeto Viva Gonzagão

Sexta-feira, 13 de julho
20h30 – Escravo
21h30 – Deolinda
22h30 – Bixiga 70
23h30 – Zélia Duncan
00h30 – Zizi Possi

Sábado, 14 de julho
20h30 – Hercinho
21h30 – Orquestra Popular da Bomba do Hemetério
22h30 – Academia da Berlinda
23h30 – Roberta Miranda
00h30 – Alcione

Domingo, 15 de julho
20h30 – La Pietá
21h30 – Nei Lisboa
22h30 – Siba
23h30 – Lira
00h30 – Jorge Vercillo

Segunda-feira, 16 de julho
20h30 – Lucas Notaro e os Corajosos
21h30 – Di Melo e Madeira Delay
22h30 – Mombojó
23h30 – China
00h30 – Roberta Sá

Terça-feira, 17 de julho
20h30 – Rogério e os Cabra
21h30 – Maciel Salu
22h30 – Hebert Lucena
23h30 – Lula Queiroga
00h30 – Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo

Quarta-feira, 18 de julho
20h30 – Karla Rafaella
21h30 – Gerlane Lops
22h30 – Karynna Spinelli
23h30 – Péricles
00h30 – Fundo de Quintal

Quinta-feira, 19 de julho
20h30 – Banda Flash
21h30 – Volver
22h30 – Ortinho
23h30 – Reginaldo Rossi
00h30 – Erasmo Carlos

Sexta-feira, 20 de julho
20h30 – Lux Time
21h30 – Antúlio Madureira
22h30 – Marcelo Jeneci
23h30 – Lenine
00h30 – Milton Nascimento

Sábado. 21 de julho
20h30 – Andréa Amorim
21h30– N´Zambi, Buguinha Dub e convidados
22h30 – Edgard Scandurra
23h30 – Jorge Ben Jor
00h30 – Lulu Santos

PALCO POP
Sexta-feira, 13 de julho
18h – Dead Lover’s Twister Heart
19h – Babi Jaques e Os Sicilianos
20h – Daniel Beleza
21h – Dr. Sin

Sábado, 14 de julho
18h – Sonic Júnior
19h – Lucas Santana
20h – Silvério Pessoa
21h – O Pirata (Marco Polo)

Domingo, 15 de julho
18h – Still Living
19h – Sérgio Cassiano
20h – Ska Maria Pastora
21h – Anelis Assumpção

Segunda-feira, 16 de julho
18h – A Nata
19h – Lúcio Maia – Maquinado
20h – Arraial da Pavulagem
21h – Sambê


Confira programação na íntegra: Festival de Inverno de Garanhuns 2012
Os artigos assinados não representam necessáriamente a opinião do Sentinelas da Liberdade. São da inteira responsabilidade dos signatários. Sentinelas da Liberdade é uma tribuna livre, acessível a todos os interessados.