terça-feira, 24 de julho de 2012

Campus Party Recife será boa oportunidade de empreender no Porto Digital

enviado por Octaviano Moniz* (Salvador, Bahia)


Porto Digital 


A Campus Party Recife será o lugar perfeito para jovens empreendedores que desejam criar uma startup. É que o Porto Digital, em parceria com o maior evento de tecnologia do
mundo, vai realizar diversas ações voltadas ao fomento do empreendedorismo em Pernambuco.


 




Uma das ações a ser realizada é a Campus MeetUp, cujo objetivo é reunir startups, investidores, fundadores e empresas para colocar em evidência, e de um jeito descontraído, o talento local através de duas grandes oportunidades, a Geeks on Campus e a Campus Beta.

Durante o Geeks on Campus, será realizada uma dinâmica bem conhecida, chamada de Speed Networking, onde as startups, 18 ao todo, terão cinco minutos diante de seis investidores para apresentarem seus projetos. O Porto Digital participará da comissão julgadora e poderá convidar algum projeto para participar dos seus programas de incubação. Para quem busca uma oportunidade para mostrar todo seu talento empreendedor, a competição é imperdível.

Já a Campus Beta, no dia 28 de julho, irá apresentar ao mercado as startups da região Nordeste. Cerca de 300 participantes e investidores poderão "apostar" em uma das oito startups selecionadas, usando uma ficha de pôquer. O Porto Digital participará do comitê de seleção que vai selecionar as oito startups. Além disso, o projeto eleito pelo público será convidado a participar dos programas de incubação do Porto Digital.

Outra iniciativa importante para os empreendedores locais será o Wayra, aceleradora Global de Startups digitais da Telefônica | Vivo e estará presente na Campus Party Recife com o Wayra Contest, que vai premiar ideias de negócios com base na Tecnologia da Informação e Comunicação desenvolvidas por jovens empreendedores. A equipe vencedora ganhará viagem de uma semana à academia Wayra, em São Paulo, onde poderá aperfeiçoar seu plano de negócios com empreendedores e investidores de mercado e, ao voltar, poderá participar dos programas de incubação do Porto Digital.



*Octaviano Moniz, da capital baiana para o cibermundo.


Facebook tem que comprovar a rentabilidade de seus anúncios

Saiu no Nassif

Do O Globo
Rede Social terá que provar a Wall Street sua rentabilidade em anúncios
Na corrida por dólares de publicidade digital, o Google foi o grande vencedor, graças à sua capacidade de personalizar anúncios com base no que o internauta procura. Mas o Facebook, que personaliza os anúncios com base em quem são os usuários e seus amigos, espera ser um competidor. Um teste importante sobre sua performance acontecerá na quinta-feira, 26 de julho, quando a rede social divulgará seus primeiros ganhos em números.

O Facebook fez sua oferta pública inicial em maio deste ano com uma valorização de saltar aos olhos, mas desde então, o preço das ações só despencou. A publicidade, em grande parte nos Estados Unidos, é responsável pela maior parte da receita da empresa e por isso, está sob intensa pressão para mostrar que está crescendo rápido o suficiente a ponto de justificar seu alto valor.

Em suma, para agradar Wall Street, o Facebook deve primeiro obter favores com a Madison Avenue, e está lutando para fazer exatamente isso.

"Os anunciantes precisam de mais uma prova de que a publicidade no Facebook oferece um retorno sobre o investimento", disse Debra Aho Williamson, analista da empresa de pesquisa de mercado eMarketer. "Não há discordância sobre se o Facebook é a próxima grande empresa na internet ou se ele vai falhar miseravelmente."

O recurso diferencial do Facebook é a pilha de dados pessoais que recolhe de 900 milhões de usuários. Mas usar esses dados em publicidade de modo rentável é uma tarefa assustadora. O Google tem sido o mais antigo player nesse mercado e tem cerca de US$ 40 bilhões em receita anual de publicidade — 10 vezes maior que o Facebook. Desde sua oferta pública, Wall Street tem temperado suas expectativas para a receita de publicidade do Facebook e as ações fecharam na última sexta-feira, 20 de julho, em US$ 28,76, uma queda no seu preço inicial de US$ 38.

Harvard para as massas

De Octaviano Moniz (Salvador,Bahia)


De todas as promessas de revolução, a da educação on-line está cada vez mais próxima.
E não sou eu quem diz isso. Mas o pessoal de Harvard, MIT, Princeton, Stanford. Essas e outras universidades americanas de excelência estão fazendo um movimento histórico de transferir seus cursos para plataformas digitais e oferecê-los para o mundo todo, boa parte deles, gratuitamente.

Você só precisa de duas coisas para acessar esses templos do ensino: falar inglês e ter uma conexão digital. São duas coisas que você já precisa "anyway".

Com o inglês e a conexão digital, você pode entrar nos sites coursera.org (para se inscrever em cursos gratuitos de Stanford, Princeton, Caltech, Rice, Johns Hopkins e outras universidades de ponta) ou edxonline.org (para cursos em Harvard e MIT) e escolher sua poltrona preferida para acompanhá-los.

Harvard e MIT começam a oferecer seus cursos no edX a partir de setembro e esperam educar nada menos de 1 bilhão de pessoas com seu serviço digital. Ou um em cada sete habitantes do planeta educados por Harvard ou pelo MIT. Isso não é uma revolução?
Essas universidades prometem uma nova experiência na educação on-line, com maior interatividade aluno-professor e um intenso "feedback" que possa ajudá-las a reprogramar seus currículos para a maciça audiência global.

Não sou um educador, mas, como embaixador da Unesco e membro do Todos pela Educação, sou um empregador comprometido com a educação. Vejo frequentemente no meu setor a necessidade de reformar o ensino para aproximá-lo do mercado de trabalho. A revolução da educação on-line pode ajudar muito nesse processo ao aproximar a educação das pessoas e as pessoas, da educação.

Um professor da Universidade de Michigan disse ao "New York Times" que estava animadíssimo porque 40 mil alunos do mundo todo tinham baixado o vídeo do seu curso, o que, nas contas, dele era uma audiência que só alcançaria em 200 anos de aulas tradicionais. A Coursera conseguiu 700 mil alunos on-line em poucas semanas de atividade.


Como tanta coisa nesta era da comunicação, este é um momento disruptivo na educação. E estamos vendo só o começo do começo. O diretor acadêmico de Harvard previu que daqui a cinco anos a educação on-line será completamente diferente do que temos hoje. O que não parece que vai mudar é a tendência de acesso cada vez maior, brutalmente maior, à educação via web.

Isso me anima vendo o mundo do Brasil.

Depois dos saltos que demos nas últimas duas décadas, fica claro que a maior carência do nosso país e o trampolim inescapável para o próximo salto de desenvolvimento é a educação.

Já temos uma mão de obra numerosa e fantástica. O brasileiro trabalha muito, é dedicado, empreendedor, criativo. Quem não conhece aquele camarada que tem dois, três empregos e vai firme para todos; ou aquele pequeno empreendedor, muitas vezes informal, se virando como pode, com uma flexibilidade aguda, natural e muito valiosa para os negócios.

O que falta a eles para o salto transformador é a educação. Esse empresariado emergente, com acesso à educação e às melhores práticas de gestão, levará a economia brasileira a outro patamar. Os cursos on-line são a forma mais rápida, barata e eficaz de fazê-lo.


Nossas universidades púbicas, que formam a elite do ensino brasileiro e já têm iniciativas no mundo on-line, poderiam radicalizar seu caráter público com cursos digitais gratuitos pela web para todo o país, eventualmente apoiados por corporações que tanto se beneficiarão da revolução da educação.

Vivemos uma nova era de grandes descobrimentos. O homem só descobriu que a Terra era azul ao sair do planeta. Educar-se é sair de si mesmo em busca de um conhecimento do mundo e das coisas. Essa viagem da educação é a viagem da sua vida. Você se descobre outro depois dela.

Nosso país se descobrirá de novo depois dela.

A diferença é que desta vez seremos nós a nos descobrir. Será a nossa verdadeira emancipação, a nossa emergência definitiva. 


Nizan Guanaes
Nizan Guanaespublicitário baiano, é dono do maior grupo publicitário do país, o ABC. Escreve às terças-feiras, a cada duas semanas, na versão impressa de "Mercado".

Os artigos assinados não representam necessáriamente a opinião do Sentinelas da Liberdade. São da inteira responsabilidade dos signatários. Sentinelas da Liberdade é uma tribuna livre, acessível a todos os interessados.