sábado, 8 de agosto de 2009

EM HOMENAGEM AOS POLÍTICOS E MAGISTRADOS DO BRASIL



Sentinela – Luiz Eladio Humbert*



Lá, pelos lados dos grotões esquecidos de nossa lendária terra baiana; lá, pelas bandas desses relutantes e cobiçados currais eleitorais, hoje assediados por Ali Geddel Henrique Cardoso Babá, alma gêmea e legítimo sucessor dessa figura da qual passamos a tratar a seguir, existia essa tal figura a ser tratada, um vistoso cabra da peste, que, de tão ladino, perigoso e vingativo, entrou para a história do lugar com o nome pelo qual era chamado e conhecido: Toninho Malvadeza.

Deixando de lado as inúmeras razões apontadas pelas fofoqueiras e rezadeiras da caatinga, Toninho Malvadeza tinha lá os seus motivos psíquicos para bajular os grandes e perseguir os pequenos, cultivando a sua imagem de destemido neo cangaceiro, implacável conquistador e sedutor do nordestino sertão.

Depois que caiu nas graças da ditadura militar, que recrutava jagunços, em todo território nacional, para implantar seu plano de achatar salários, entregar nossas riquezas, exterminar os patriotas insatisfeitos e concentrar, nas mãos do capitalismo estrangeiro e de escassos ricos brasileiros, o PIB, a renda nacional e o lucro gerado no país, Toninho Malvadeza passou a comer toda mulher gostosa que cruzasse o seu caminho, emprenhando algumas delas, exagerando na ampla publicação em rede nacional dessas façanhas eróticas, enquanto, de bandalheira em bandalheira, fazia crescer astronomicamente o seu patrimônio, impunemente protegido pelos novos mísseis e velhos canhões das forças armadas.

Dona Zete, a virtuosa esposa e extremosa mãe dos filhos legítimos de Toninho Malvadeza, dona de um incomensurável amor incondicional pelo seu marido, assistia a tudo isso sem esboçar a menor reação de indignação ou revolta, a não ser a imagem que expressava o seu semblante, sempre amargurado e sofrido.

Essa historinha, acima narrada, é para dizer que o GRAMPO, comentarista musical da atualidade brasileira, está finalizando a gravação de sua música batizada de PLUTOCRACIA, que quer dizer governo dos ricos e trata de deliquentes, que se tornaram gordos políticos mamando nas tetas do governo e que estão sempre no governo, como abutres na carniça.

A música também fala do amor incondicional de Dona Zete, que é a grande metáfora do povo brasileiro. Portanto, a música PLUTOCRACIA explica porque o povo brasileiro assiste, mansa e pacificamente, sem reação alguma, os atuais Toninhos Malvadezas, espalhados pelos parlamentos e judiciários do país, esses bandidos acusando e chingando seus colegas igualmente bandidos.

O mundo civilizado se pergunta por que o povo brasileiro não reage a tamanha degradação moral e ao total achincalhamento do seu papel de cachorro vadio, na sociedade amarela de fome e verde de medo.

A nossa música PLUTOCRACIA é a resposta a essa pergunta. Aguardem que ela brevemente será postada na internet, porque a mídia patronal golpista não divulga essas coisas. Ela quer que a globalização do capitalismo continue linda como está.


*Luiz Eladio Humbert (Lalado) é poeta e letrista do GRAMPO:
www.gramporock.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os artigos assinados não representam necessáriamente a opinião do Sentinelas da Liberdade. São da inteira responsabilidade dos signatários. Sentinelas da Liberdade é uma tribuna livre, acessível a todos os interessados.