Foto: Nilton Leal |
Desde
criança, a cantora e compositora pernambucana Angélica Criss esteve em
contato com a MPB. Nascida na cidade do Recife e criada no bairro de
Rio Doce, em Olinda, teve seus domingos embalados por cantores como,
por exemplo, Nelson
Gonçalves, Cartola, Noel Rosa e Noite Ilustrada. “Todas essas
influências foram por causa de um vizinho que tínhamos. Ele sempre
realizava uma seresta na casa dele e era impossível não apreciar
aquelas músicas. Isso tudo foi associado ao gosto dos meus pais (Ricardo Souza e Lindinalva Souza), pois sempre foram fãs de Roberto Carlos, Gal Costa, Maria Betânia, entre outros”, explicou Criss.
Durante
a adolescência, Angélica participou de corais religiosos e também de
festas beneficentes. “Não tem coisa que me emocione mais do que um
coral. Sempre tive essa paixão pela música, mas, com o tempo, casei e
tive filho. Por esse motivo, os meus planos musicais ficaram um pouco
de lado.” A
decisão de seguir o caminho artístico profissionalmente veio aos 27
anos e se deu depois de ser convidada por uma prima para cantar no
aniversário de oitenta anos da sua avó como forma de homenageá-la. “Depois
do aniversário, o pessoal queria que eu continuasse a cantar. Isso foi
mais ou menos no ano de 2007.” A partir desse momento, a cantora foi
apresentada ao músico Ronnie Cruz e, posteriormente, a Dayvson Resgllar e não parou mais de cantar. “Formamos então a banda Andaros (nome formado pela soma de Angélica, Dayvison e Ronnie)”, pontuou.
Foto: Nilton Leal |
Cantando
em barzinhos e em diversos eventos, Angélica Criss amadureceu e
aperfeiçoou a sua música. Como sempre gostou de escrever, demorou um
pouco, no entanto, ao passar do tempo, percebeu que os seus “escritos”
eram, de fato, letras de músicas e que já vinham acompanhadas de
melodia. “Nunca
fiz aula de canto e não toco nenhum tipo de instrumento. Eu componho em
qualquer lugar. Acho que é um dom, pois vem como um estalo, algo
automático, como alguém sussurrando em meu ouvido. Não sei explicar, só
escrevo e curto o resultado. É uma coisa imaginária, porque eu consigo
visualizar a cena na minha cabeça e também me inspiro nas paisagens do
cotidiano. Enfim, a mente do compositor é muito louca”, argumentou.
Com
o tempo, por causa das atribuições e dos compromissos pessoais dos
integrantes da banda Andaros, o grupo se dissolveu. Entretanto, o sonho
de Criss continuou vivo. Em janeiro deste ano, ao chegar a sua casa,
viu pela TV que as inscrições da Mostra São Paulo Exposamba estavam abertas para compositores de todo o Brasil. “Decidi inscrever o samba Seu tempero,
que é de minha autoria, e cheguei à final entre os 10 primeiros mais
votados da internet. Foram, ao todo, 1.600 inscritos, 200
pré-selecionados e apenas 40 estiveram na semifinal. Foi uma
experiência maravilhosa.”
Com músicas
inspiradas em ritmos como samba, reggae, blues, pop e baladas
românticas, Angélica busca na MPB um ritmo suave e doce, interpretando
novos e antigos nomes da música popular brasileira. Atualmente, a
cantora e compositora pernambucana continua sua caminhada profissional
e está trabalhando na divulgação de músicas autorais que farão parte do
seu primeiro CD. “Tudo já está pronto e estamos apenas finalizando a
capa.” O álbum, intitulado Angélica Criss mais de perto, contém
10 faixas e faz um passeio pelo samba de raiz e o batuque africano,
entre outros ritmos que adoçam os ouvidos dos apaixonados pela boa
música popular brasileira.
Contatos:
(81) 9927-3606www.palcomp3.com/criss
www.twitter.com/angelicacriss
www.criss30.blogspot.com
www.angelicacriss.tumblr.com
* Gianfrancesco Mello é jornalista e assessor da Agenda Cultural do Recife.
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