Cicloton Irajá - Olinda, Pernambuco. É criador do Manifesto Ciclotron. O único Esquizoanalista da capital pernambucana, Recife. Artista digital, fotógrafo, e surfista consagrado. Na década de 1990 assistiu e viveu o surgimento e ascensão
da mistura do maracatu com o rock, hip hop e música eletrônica através
do Movimento Manguebeat, liderado por Chico Science e Nação Zumbi, Fred
04 - do Mundo Livre S/A etc.
O Menifesto Ciclotron será apresentado no Xinxim da Baiana, em 12 de maio de 2012, na Avenida Sigismundo Gonçalves, 742, Praça do Carmo, Carmo, Olinda.
Se por acaso pareço
E agora já não padeço
Um mal pedaço na vida
Saiba que minha alegria
Não é normal todavia
Com a dor é dividida
Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo
Tem muita gente enlouquecendo
com esse capitalismo esquizofrênico. E pensam que seus problemas são
pessoais (Krisnamurti - A Rede do Pensamento - "Nossos problemas não são
individuais, são coletivos. São os mesmos para todos"). Estamos todos
implicados na maré quântica de possibilidades infinitas soterrados entra
produção e consumo.
Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mais volto depois sorrindo
Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibrio e requebra
É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambú-taquara
Eu envergo mas não quebro
Aqui ele diz que sabe surfar a onda da tecnologia com seus fluxos loucos de produção e consumo.
E não pensem que por isso ele não sofre. Ele sofre sim, mas não quebra como todo (bom)
artista, mostrando para os outros que todos são capazes de surfar
também e com isso aliviarem a dor desse mar infinito.
Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia, vai e vem Quando é má a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto ou me queixo E tal qual um barco solto
Salto alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo
Galera vamos parar de achar que "tristeza não tem fim,
felicidade sim". A tristeza também tem fim! Fantástico, Lenine. Uma
crítica a "bossa 'n' roll
nova" ao meu ver. Porque determinadas músicas estão gravadas em nosso
subinconsciente e estão sendo repetidas inumeras vezes deixando-nos
depressivos. Segue falando dos cículos naturais e cósmicos da vida numa
alusão ao
símbolo oriental Yin/Yang. Esse símbolo significa equilibrio e
segurança no rumo que se toma na vida, daí soltar o barco sem medo de se
perder no mar da produção e consumo / capitalismo e esquizofrenia.
Em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro
É um artista que
sabe se movimentar. Tem corpo para isso e sabe que nem todo mundo está
preparado para esse mar infinito das possibilidades quânticas. Mas dá o
seu recado namastê! Um verdadeiro Samurai.
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